Da Folha:
Mais do que uma disputa entre selvagens para ver quem arranca mais cabeças de integrantes de facções rivais, os massacres assistidos no país desde o final de 2016 são batalhas entre criminosos na disputa pelos milhões de dólares do comércio de cocaína.
Todas as mais de 280 mortes registradas nesses quase três anos, e todo o sangue escorrido no Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte e Rondônia, estão ligadas pelo mesmo motivo: a busca pela hegemonia do sistema prisional e as consequências disso.
A lógica da dominação é simples: quem manda nos presídios também comanda o crime fora deles, das rotas do escoamento da droga às “biqueiras” nas ruas. Isso porque um chefe do tráfico pode ter muitos comparsas armados na rua, que irão protegê-lo e ajudá-lo. Mas, quando ele é preso, vai sozinho e desarmado para a prisão. Se não pertencer à facção dominante, terá de acatar as ordens dessa turma, se quiser continuar vivendo.
(…)
DCM

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