Mãe de um dos meninos relata que morreram ajoelhados, sem confronto com a polícia
Ana Carolina Caldas
Moradores do Parolin que faziam protesto ficaram feridos. Polícia entrou atirando, após mortes de 4 jovens durante ação policial / Divulgação
Na noite deste sábado, 28, quatro jovens moradores do Parolin foram executados a tiros pela polícia, sem nenhuma abordagem anterior. A polícia alega que houve perseguição e troca de tiros, pois o carro era roubado. Já os moradores dizem que os jovens não estavam armados e que foram executados ajoelhados.
Os moradores do Parolin, perto das 20h, fecharam ruas em protesto contra o que consideraram execução a tiros pela polícia. Uma das moradoras à frente do protesto disse que os jovens não reagiram, que não houve confronto e somente perseguição policial. “Existem vídeos que mostram duas crianças, um deles de 14 anos, ajoelhado com as mãos para cima e foram executados assim pela polícia,” disse a moradora que não quis se identificar.
A mãe de um dos jovens que morreu disse que a execução foi a sangue frio e pediu justiça. “Eu tenho vídeo gravado eles executando meus filhos. Estavam num carro que era roubado, mas não sabiam. Emprestaram o carro. Fazia 4 dias que esse carro estava roubado e não sabiam. A policia nem abordou, fizeram perseguição. Meu filho tem 14 anos e outro tem 16 anos.. Quero justiça.” Em um post na internet,amigos dos meninos fizeram uma homenagem citando os nomes de Eduardo Augusto, Felipe Bueno de Almeida, Gustavo Bueno e Lele.
Policia fere moradores que estavam protestando
Ao longo da noite, quando os moradores faziam um protesto pacífico, a polícia chegou atirando bala de borracha e feriu várias pessoas que ali estavam. Uma jovem moradora do bairro que não quis se identificar falou com a redação do Brasil de Fato Paraná e relatou que foi ferida no braço e nas costas com bala de borracha e disse que o local virou uma praça de guerra. "Neste momento a polícia está entrando e atirando dentro da vila," disse. Imagens chegaram também com ferimentos de outros moradores que foram atingidos por balas de borracha. Até o fechamento da matéria, a polícia continuava atirando contra os moradores
Brasil de Fato
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