POR FERNANDO BRITO · 06/12/2019
Embora escrita com um mal disfarçado preconceito – chega a dizer que o MST tem “hostes”, que tem o significado de exército “inimigo” – a reportagem de hoje no Valor Econômico mostra uma imagem do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra muito diferente que a construída pela mídia, a de gente que invade para destruir e tornar terras improdutivas.
Mostra o resultado de anos de luta que não se encerraram com o assentamento de famílias que, afinal, conseguiram um pedaço de terra para trabalhar e produzir e, agora, estão integrados a cooperativas e associações que plantam, colhem e processam alimentos em grande escala.
São as que estão registrada na imagem ao fim do post, tirada do jornal.
Nenhuma novidade, exceto que alguém, finalmente, digna-se a registrar que reforma agrária não é um desastre produtivo. Eu mesmo vi, pessoalmente, o progresso e a prosperidade do Banhado do Colégio, o local no município gaúcho de Camaquã, Brizola principiou o seu ensaio de reforma agrária no Rio Grande. Gente vivendo bem, com lavoura de primeira ordem, filhos e netos criados com dignidade.
A reportagem, com certo tom demeritório, refere-se a uma “mudança de estratégia” do MST, dando este ano prioridade à consolidação produtiva de seus acampamentos e ocupações, para evitar a possível repressão por parte do governo Bolsonaro. Queriam o quê de um governo que está tão ansioso para atacar os pobres do campo que quer mudar a lei para poder atuar contra eles com as Forças Armadas e a Polícia Federal, inclusive com os “excludentes de ilicitude” para quem matar na repressão?
Tijolaço
Embora escrita com um mal disfarçado preconceito – chega a dizer que o MST tem “hostes”, que tem o significado de exército “inimigo” – a reportagem de hoje no Valor Econômico mostra uma imagem do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra muito diferente que a construída pela mídia, a de gente que invade para destruir e tornar terras improdutivas.
Mostra o resultado de anos de luta que não se encerraram com o assentamento de famílias que, afinal, conseguiram um pedaço de terra para trabalhar e produzir e, agora, estão integrados a cooperativas e associações que plantam, colhem e processam alimentos em grande escala.
Cooperativas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra produzem pelo país toneladas de grãos, além de frutas e hortaliças, leite e suco de uva, entre outros itens. Famílias assentadas são sócias de marcas próprias, têm gestão profissionalizada e vendem para governos e grandes redes varejistas, no país e no exterior.
O MST diz não ter um levantamento sobre o faturamento total das 162 cooperativas com as quais mantêm ligações. Mas informa que quatro das mais bem estruturadas desse grupo registraram entre janeiro e outubro deste ano receita conjunta de quase R$ 300 milhões.
São as que estão registrada na imagem ao fim do post, tirada do jornal.
Nenhuma novidade, exceto que alguém, finalmente, digna-se a registrar que reforma agrária não é um desastre produtivo. Eu mesmo vi, pessoalmente, o progresso e a prosperidade do Banhado do Colégio, o local no município gaúcho de Camaquã, Brizola principiou o seu ensaio de reforma agrária no Rio Grande. Gente vivendo bem, com lavoura de primeira ordem, filhos e netos criados com dignidade.
A reportagem, com certo tom demeritório, refere-se a uma “mudança de estratégia” do MST, dando este ano prioridade à consolidação produtiva de seus acampamentos e ocupações, para evitar a possível repressão por parte do governo Bolsonaro. Queriam o quê de um governo que está tão ansioso para atacar os pobres do campo que quer mudar a lei para poder atuar contra eles com as Forças Armadas e a Polícia Federal, inclusive com os “excludentes de ilicitude” para quem matar na repressão?
Tijolaço



Postar um comentário
-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;