A nuvem de fumaça, provocada pelas queimadas que continuam a devastar áreas do sudeste da Austrália, vista de um avião. AIDAN MORRISON TWITTER @QUIXOTICQUANT/via REUTERS
Texto por:Márcio Resende
Correspondente da RFI em Buenos Aires
"A fumaça entrou na Argentina a partir do Chile, pela Cordilheira dos Andes, e está a cinco mil metros de altura ou mais", afirmou a meteorologista do Serviço de Meteorologia Nacional da Argentina, Cindy Fernández. Ela acrescentou que, apesar da altura, a nuvem pode ser facilmente vista.
"A fumaça pode ser observada a partir de uma coloração diferente no céu, já que atenua a luminosidade do sol e torna o céu mais cinza. Durante o entardecer, o céu e o sol ficam mais avermelhados", indicou Fernández. A meteorologista argentina destaca, no entanto, que a nuvem não prejudica a saúde nem afeta a normalidade dos voos.
O Departamento Meteorológico de Santiago, no Chile, chegou à mesma conclusão. "A fumaça está a cerca de seis mil metros de altura e não oferece risco à saúde", disse Patricio Urra, responsável pelo serviço de meteorologia do Chile. "O efeito pode ser visto ao sol, em tons de vermelho, mas não há nenhum fenômeno previsto capaz de fazer a fumaça descer à superfície", afirmou Urra. Ele explicou que a nuvem pode ser observada na região central do Chile, como uma neblina.
Esta é a segunda vez, em menos de cinco meses, que a fumaça de grandes incêndios chega à Argentina. No final de agosto, a fumaça das queimadas na Amazônia cobriu todo o Uruguai e metade da Argentina.
Nessa época, as partículas vindas da floresta amazônica formaram uma densa camada sobre Buenos Aires, mas chegaram a afetar a visibilidade em Montevidéu, capital do Uruguai. A nuvem das queimadas formou uma cortina que impedia a visão a poucos metros de distância, provocando transtornos no tráfego aéreo.
Desde segunda-feira (6), o governo australiano mobilizou reservistas do Exército para atuar nas áreas atingidas e anunciou a liberação US$ 1,4 bilhão (equivalente a R$ 5,68 bilhões), durante os próximos dois anos, para ajudar na recuperação dos danos provocados pelos incêndios florestais.
RFI
A fumaça dos incêndios na Austrália percorreram mais de 12 mil Km, entraram na Argentina, via Chile, e devem chegar nesta terça-feira (7) ao Sul do Brasil sem, no entanto, prejudicar a saúde nem afetar os voos.
Correspondente da RFI em Buenos Aires
"A fumaça entrou na Argentina a partir do Chile, pela Cordilheira dos Andes, e está a cinco mil metros de altura ou mais", afirmou a meteorologista do Serviço de Meteorologia Nacional da Argentina, Cindy Fernández. Ela acrescentou que, apesar da altura, a nuvem pode ser facilmente vista.
"A fumaça pode ser observada a partir de uma coloração diferente no céu, já que atenua a luminosidade do sol e torna o céu mais cinza. Durante o entardecer, o céu e o sol ficam mais avermelhados", indicou Fernández. A meteorologista argentina destaca, no entanto, que a nuvem não prejudica a saúde nem afeta a normalidade dos voos.
O Departamento Meteorológico de Santiago, no Chile, chegou à mesma conclusão. "A fumaça está a cerca de seis mil metros de altura e não oferece risco à saúde", disse Patricio Urra, responsável pelo serviço de meteorologia do Chile. "O efeito pode ser visto ao sol, em tons de vermelho, mas não há nenhum fenômeno previsto capaz de fazer a fumaça descer à superfície", afirmou Urra. Ele explicou que a nuvem pode ser observada na região central do Chile, como uma neblina.
Rio Grande do Sul
A vasta nuvem vinda da Austrália desloca-se pela alta atmosfera e pode ingressar nesta terça-feira no território brasileiro, pelo Rio Grande do Sul. A empresa de meteorologia do Sul do Brasil, MetSul, prevê que o fenômeno também provoque um pôr-do-sol alaranjado até quinta-feira (9).Esta é a segunda vez, em menos de cinco meses, que a fumaça de grandes incêndios chega à Argentina. No final de agosto, a fumaça das queimadas na Amazônia cobriu todo o Uruguai e metade da Argentina.
Nessa época, as partículas vindas da floresta amazônica formaram uma densa camada sobre Buenos Aires, mas chegaram a afetar a visibilidade em Montevidéu, capital do Uruguai. A nuvem das queimadas formou uma cortina que impedia a visão a poucos metros de distância, provocando transtornos no tráfego aéreo.
Oito milhões de hectares devastados
Os incêndios que atingem a Austrália desde setembro já destruíram uma superfície equivalente à Irlanda, isto é, oito milhões de hectares, e deixaram 24 mortos. Após um final de semana catastrófico, as equipes de bombeiros australianos, que contam com reforços dos Estados Unidos e do Canadá, aproveitaram algumas horas de chuva e uma diminuição nas temperaturas no local para avançar no controle dos focos dos incêndios.Desde segunda-feira (6), o governo australiano mobilizou reservistas do Exército para atuar nas áreas atingidas e anunciou a liberação US$ 1,4 bilhão (equivalente a R$ 5,68 bilhões), durante os próximos dois anos, para ajudar na recuperação dos danos provocados pelos incêndios florestais.
RFI

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