Segundo promotora, homem que esfaqueou pedestres na sexta-feira tinha se convertido ao islã em 2017 e gritou "Alá Akbar" repetidamente durante ataque, que deixou um morto e duas mulheres feridas.
A promotoria antiterrorista da França assumiu neste sábado (04/01) a investigação do ataque a faca cometido por um jovem convertido ao islã em uma localidade ao sul de Paris. A ação ocorreu na sexta-feira e resultou na morte de um pedestre.
O agressor agiu em um parque da localidade de Villejuif, aos gritos de "Alá Akbar", contou em entrevista coletiva a promotora francesa que havia assumido o caso inicialmente, Laure Beccuau.
Nathan C., 22, vestido com uma túnica preta, protagonizou um ataque de "extrema violência e determinação", descreveu a promotora. O jovem "não parou de gritar "'Alá Akbar'” e ignorou a ordem de largar a faca dada pelos policiais antes de atirarem. Villejuif . Nathan C. acabou sendo morto pela polícia.
O agressor tinha problemas psiquiátricos desde a infância e havia sido internado em várias ocasiões. Sua última passagem por um hospital psiquiátrico foi em maio passado. Ele se converteu ao islã em maio ou junho de 2017, segundo a promotora.
"Embora os problemas psiquiátricos do autor dos fatos tenham sido demonstrados, as investigações das últimas horas permitiram estabelecer uma radicalização clara, bem como uma preparação organizada do ato", assinala um comunicado da promotoria antiterrorista.
Em uma bolsa encontrada no local do ataque, estavam obras salafistas, bem como "uma carta-testamento com frases repetitivas características de um muçulmano que se autoflagela e pode estar prestes a cometer um ato violento", descreveu na entrevista coletiva Philippe Bugeaud, vice-diretor da polícia judiciária de Paris.
Segundo depoimentos colhidos pelos investigadores, Nathan C. não apunhalou uma primeira pessoa em seu caminho, já que esta lhe havia dito que era muçulmana e recitado "uma reza em árabe", indicou Laure Beccuau.
O jovem prosseguiu e atacou um casal, primeiramente o homem, atingido fatalmente no coração, e depois a mulher, que sofreu um corte grave na altura do pescoço. Em seguida, o agressor esfaqueou nas costas uma jovem que praticava corrida. As duas mulheres feridas já receberam alta.
A França vive sob ameaça terrorista constante. Neste mês, é lembrado o quinto aniversário dos atentados jihadistas contra a publicação satírica "Charlie Hebdo" e uma loja kosher da rede Hyper Cacher, ocorridos em 7 e 9 de janeiro de 2015.
DW

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