O escritor Paulo Coelho acredita que não voltaremos a ser os mesmos após a pandemia, uma vez que objetivos efêmeros deram lugar à urgência de sobreviver. Neste estado de incerteza e solidão, resta-nos valorizar as relações pessoais e aceitar os mistérios da vida. É hora de valorizar, mais do que nunca, diz, o amor daqueles que nos querem bem
Paulo Coelho (Foto: Reprodução)
247 - "Achávamos que tínhamos todas as respostas, e as perguntas mudaram. Nos sentíamos seguros em nossas bolhas e zonas de conforto, e o inimigo invisível penetrou-as. E nos forçou a encarar um de nossos maiores fantasmas: o isolamento, a solidão. Sim, temos muitos amigos, mas eles não devem se aproximar, e assim precisa ser feito", escreve Paulo Coelho na Folha de S.Paulo.
"Entretanto, seria a solidão algo tão ruim assim?" - questiona o autor de "O Alquimista". "A solidão não é a ausência de companhia, mas o momento em que nossa alma tem a liberdade de conversar conosco e nos ajudar a decidir sobre nossas vidas", afirma.
[...] "Nunca mais voltaremos a ser os mesmos. Claro que os 'influencers' na internet, os que se apegam ao que viviam no Réveillon de 2020 em suas lanchas e sítios cercados de luxo, com seguranças e fotos sorridentes no Instagram, os que buscavam mostrar superioridade exibindo roupas de marca, mesmo que não tivessem sequer dinheiro para alimentar-se, todos esses ainda continuarão a querer fazer renascer das cinzas o que não tem mais espaço na Terra".
[...] "Mas isso jamais tornará a acontecer. O mundo agora se concentra em uma única coisa: todo o nosso engenho e a nossa arte para que possamos sobreviver. E quando o perigo passar, que leve consigo os preconceitos, a arrogância, a cegueira que foi, aos poucos, nos impedindo de ver o irmão ou a irmã ao nosso lado".
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