Marcelo Auler
Inegável a percepção, a cada dia maior, da incapacidade de o atual governo enfrentar a crise de saúde que se abateu não apenas no Brasil.
O descompasso do governo Bolsonaro é admitido até pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli. Este, na quarta-feira (20/05), em videoconferência com sindicalistas representantes de seis centrais sindicais e mais o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), admitiu que o país está sem rumo:
“Estamos há dois meses sem perspectiva, essa é a verdade. Falta coordenação, falta orientação, faltam medidas que nos deem tranquilidade. Estou convicto de que a sociedade, tendo os sindicatos como representantes dos trabalhadores, deve apresentar uma proposta”.
Não foi o único representante do judiciário a demonstrar a falta de perspectiva com o governo que está aí. Ao rejeitar um Habeas Corpus impetrado pela deputada estadual bolsonaristas Érica Clarissa Borba Cordeiro de Moura (PSC-PE) contra medidas decretada pelo governo do seu estado para forçar o isolamento social, o ministro Rogerio Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), fez duro diagnóstico, diante do desgoverno com o qual o Brasil convive:
Manifestantes faz protesto contra Bolsonaro em frente ao Planalto.( Foto: Orlando Brito)
Algo muito bem explicitado no documento “O presidente perdeu a condição de governar”, assinado por seis ex-ministros de Estado, em nome da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, tal como noticiamos em O imediato afastamento de Jair Bolsonaro se impõe!. Os seis defenderam o afastamento de Bolsonaro, dentro do Estado Democrático, respeitando-se à Constituição. Mas se limitaram à nota pública. Com isso, infelizmente ficará sendo mais uma nota, sem maiores consequência.
No mesmo sentido, sete partidos – PT, PCdoB, PSOL, PCB, PCO, PSTU e UP – e mais de 400 entidades dos movimentos sindical, social, popular e das juventudes apresentaram, na manhã desta quinta-feira (21/05), um novo pedido de impeachment contra Bolsonaro. Será juntado às mais de três dezenas de outras manifestações pró-impeachment que Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, mantém na gaveta de sua mesa de trabalho. Na contagem de O Estado de S.Paulo, é o 32ª pedido levado àquela casa.
Verdade que esse novo pedido tem um maior peso político a partir da enorme lista de signatários. De certa forma ele reflete o desejo da sociedade civil. Ainda assim, tende a não ter maiores consequências, caso nada mais se faça. Ou seja, não terá um efeito prático, se nos limitarmos a protocolá-lo na Câmara.
Blog Marcelo Auler
O descompasso do governo Bolsonaro é admitido até pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli. Este, na quarta-feira (20/05), em videoconferência com sindicalistas representantes de seis centrais sindicais e mais o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), admitiu que o país está sem rumo:
“Estamos há dois meses sem perspectiva, essa é a verdade. Falta coordenação, falta orientação, faltam medidas que nos deem tranquilidade. Estou convicto de que a sociedade, tendo os sindicatos como representantes dos trabalhadores, deve apresentar uma proposta”.
Não foi o único representante do judiciário a demonstrar a falta de perspectiva com o governo que está aí. Ao rejeitar um Habeas Corpus impetrado pela deputada estadual bolsonaristas Érica Clarissa Borba Cordeiro de Moura (PSC-PE) contra medidas decretada pelo governo do seu estado para forçar o isolamento social, o ministro Rogerio Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), fez duro diagnóstico, diante do desgoverno com o qual o Brasil convive:
“A situação vem-se agravando e, provavelmente, dias piores ainda virão em alguns centros urbanos, cujas redes hospitalares não são capazes de atender à demanda crescente por novos leitos e unidades de tratamento intensivo. E boa parte dessa realidade se pode creditar ao comportamento de quem, em um momento como este, deveria deixar de lado suas opiniões pessoais, seus antagonismos políticos, suas questões familiares e suas desavenças ideológicas, em prol da construção de uma unidade nacional”.
Manifestantes faz protesto contra Bolsonaro em frente ao Planalto.( Foto: Orlando Brito)
O imediato afastamento se impõe!
Ou seja, caminha-se para um grande consenso – excetuando, é claro, os ditos bolsomínions – da incapacidade de se prosseguir com o atual presidente. Mantendo-o, corre-se sérios riscos de se multiplicarem exponencialmente os mortos por conta da falta de combate efetivo ao coronavírus.Algo muito bem explicitado no documento “O presidente perdeu a condição de governar”, assinado por seis ex-ministros de Estado, em nome da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, tal como noticiamos em O imediato afastamento de Jair Bolsonaro se impõe!. Os seis defenderam o afastamento de Bolsonaro, dentro do Estado Democrático, respeitando-se à Constituição. Mas se limitaram à nota pública. Com isso, infelizmente ficará sendo mais uma nota, sem maiores consequência.
No mesmo sentido, sete partidos – PT, PCdoB, PSOL, PCB, PCO, PSTU e UP – e mais de 400 entidades dos movimentos sindical, social, popular e das juventudes apresentaram, na manhã desta quinta-feira (21/05), um novo pedido de impeachment contra Bolsonaro. Será juntado às mais de três dezenas de outras manifestações pró-impeachment que Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, mantém na gaveta de sua mesa de trabalho. Na contagem de O Estado de S.Paulo, é o 32ª pedido levado àquela casa.
Verdade que esse novo pedido tem um maior peso político a partir da enorme lista de signatários. De certa forma ele reflete o desejo da sociedade civil. Ainda assim, tende a não ter maiores consequências, caso nada mais se faça. Ou seja, não terá um efeito prático, se nos limitarmos a protocolá-lo na Câmara.
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