Precisamos entrar em campo focados e unidos, com ou sem manifestos, ficar atentos aos movimentos que impactam nossas vidas, porque ficar alheio deixa espaço para que o campo antidemocrático demarque o território e nos aprisione dentro de seus limites
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Lula e Dilma não assinaram o Manifesto ‘Estamos Juntos’, porque viram ali a oportunidade de se alterar o local do crime que vitimou a democracia, de tirar o foco de cima dos golpistas que conduziram um fascista ao poder e colocar uma pedra em cima da história.
O ex-presidente Lula disse que não podemos pegar o primeiro ônibus que está passando. Concordo e lembro que em 2013, entramos em um ônibus, pagamos R$ 0,20 de aumento na tarifa e até hoje não sabemos quem o pilotava.
Fico com a sensação, quando assisto aos manifestos sem lideranças, sem partidos, com as históricas bandeiras das grandes manifestações, como as Diretas, sendo substituídas pelas cores de times de futebol, de que já entrei nesse ônibus e não gostei da viagem.
Durante o percurso, tive o sentimento de que estava sendo cobaia de um experimento que saquearia nossos patrimônios natural e cultural. E, de fato, foi o que ocorreu com o golpe parlamentar de 2016.
Precisamos entrar em campo focados e unidos, com ou sem manifestos, ficar atentos aos movimentos que impactam nossas vidas, porque ficar alheio deixa espaço para que o campo antidemocrático demarque o território e nos aprisione dentro de seus limites.
Ricardo Mezavila
Escritor, Pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro.
Brasil 247

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