Da Redação
Prestem atenção no vídeo acima. Ouçam o que diz o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) no plenário do Congresso no dia 23 de fevereiro de 2021.
Foi no dia em que o Congresso aprovou a medida provisória enviada pelo governo federal para facilitar a compra de vacinas e insumos contra covid-19.
Para o ex-ministro Padilha, um verdadeiro manual da propina.
Por isso, o PT votou contra. A MP permitia o adiantamento de pagamentos, não obrigava a empresa vendedora a devolver o dinheiro e permitia até mesmo que empresas com o nome sujo vendessem ao governo.
Padilha foi ministro da Saúde (2011-2014) e secretário da Saúde de Fernando Haddad no governo municipal de São Paulo (2015-2016).
É médico formado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) — agora, além do mandato de deputado federal, é professor e atende com os alunos da universidade.
Ele tem experiência executiva e disse que, quando foi ministro, jamais comprou vacinas através de intermediários.
E ele precisou comprar as vacinas de cinco empresas diferentes, para dar conta do surto de H1N1. 80 milhões de brasileiros foram vacinados em três meses.
A empresa francesa Sanofi foi a escolhida para fazer a transferência de tecnologia ao Instituto Butantan, para que o Brasil não ficasse dependente de fornecedores estrangeiros.
Todas as negociações, diz Padilha, foram feitas com as sedes das empresas fabricantes ou seus diretores baseados no Brasil.
Nunca, jamais, com intermediários.
Por isso, o ministro estranha que um PM da ativa tenha conseguido atrair um secretário do Ministério da Saúde, em função oficial, para negociar vacinas em um restaurante de Brasília, fora do expediente.
Mais ainda: estranha que o embaixador do Brasil em Nova Deli, André Aranha Corrêa do Lago, tenha indicado a empresa Precisa como intermediária para negociar vacinas com a Bharat Biotech, quando as negociações poderiam ter sido feitas diretamente.
Lembra que a Precisa é aquela que, quando o hoje líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, era ministro da Saúde do governo Temer, recebeu adiantamento de R$ 20 milhões, não entregou a encomenda e ficou, até agora, por isso mesmo.
Estranha que o presidente Jair Bolsonaro, além de fazer aprovar a MP “manual da propina”, em conversa com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, fez um pedido por insumos especificamente para duas empresas privadas, a Apsen e a EMS, fabricantes no Brasil de drogas do kit covid.
Por coincidência, farmacêuticas de dois empresários bolsonaristas.
No governo Bolsonaro, a Apsen recebeu financiamento milionário do BNDES.
E, como notou o deputado e ex-ministro, qual foi a caixinha de cloroquina que o presidente da República exibiu em dezenas de aparições públicas? Justamente a da Apsen.
Para o ex-ministro, se o governo Bolsonaro estivesse determinado a comprar vacinas desde o início das ofertas, poderia ter tido acesso a 700 milhões de doses.
Afirma isso baseado nas ofertas que foram feitas durante audiência pública promovida no Congresso.
Padilha não tem dúvida, portanto, que Bolsonaro apostou no pseudo tratamento precoce com o objetivo de não fechar a economia.
Porém, com as duas grandes ondas de mortandade e diante dos exemplos práticos de Israel e dos Estados Unidos, o presidente mudou de rumo — mas antes abriu as portas para que aliados fizessem bons negócios enquanto os brasileiros morriam.
Hoje, são 518.066 mortos, sendo 2.081 óbitos registrados nas últimas 24 horas.
A vacinação com duas doses está em cerca de 16% dos brasileiros!
Foi no dia em que o Congresso aprovou a medida provisória enviada pelo governo federal para facilitar a compra de vacinas e insumos contra covid-19.
Para o ex-ministro Padilha, um verdadeiro manual da propina.
Por isso, o PT votou contra. A MP permitia o adiantamento de pagamentos, não obrigava a empresa vendedora a devolver o dinheiro e permitia até mesmo que empresas com o nome sujo vendessem ao governo.
Padilha foi ministro da Saúde (2011-2014) e secretário da Saúde de Fernando Haddad no governo municipal de São Paulo (2015-2016).
É médico formado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) — agora, além do mandato de deputado federal, é professor e atende com os alunos da universidade.
Ele tem experiência executiva e disse que, quando foi ministro, jamais comprou vacinas através de intermediários.
E ele precisou comprar as vacinas de cinco empresas diferentes, para dar conta do surto de H1N1. 80 milhões de brasileiros foram vacinados em três meses.
A empresa francesa Sanofi foi a escolhida para fazer a transferência de tecnologia ao Instituto Butantan, para que o Brasil não ficasse dependente de fornecedores estrangeiros.
Todas as negociações, diz Padilha, foram feitas com as sedes das empresas fabricantes ou seus diretores baseados no Brasil.
Nunca, jamais, com intermediários.
Por isso, o ministro estranha que um PM da ativa tenha conseguido atrair um secretário do Ministério da Saúde, em função oficial, para negociar vacinas em um restaurante de Brasília, fora do expediente.
Mais ainda: estranha que o embaixador do Brasil em Nova Deli, André Aranha Corrêa do Lago, tenha indicado a empresa Precisa como intermediária para negociar vacinas com a Bharat Biotech, quando as negociações poderiam ter sido feitas diretamente.
Lembra que a Precisa é aquela que, quando o hoje líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, era ministro da Saúde do governo Temer, recebeu adiantamento de R$ 20 milhões, não entregou a encomenda e ficou, até agora, por isso mesmo.
Estranha que o presidente Jair Bolsonaro, além de fazer aprovar a MP “manual da propina”, em conversa com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, fez um pedido por insumos especificamente para duas empresas privadas, a Apsen e a EMS, fabricantes no Brasil de drogas do kit covid.
Por coincidência, farmacêuticas de dois empresários bolsonaristas.
No governo Bolsonaro, a Apsen recebeu financiamento milionário do BNDES.
E, como notou o deputado e ex-ministro, qual foi a caixinha de cloroquina que o presidente da República exibiu em dezenas de aparições públicas? Justamente a da Apsen.
Para o ex-ministro, se o governo Bolsonaro estivesse determinado a comprar vacinas desde o início das ofertas, poderia ter tido acesso a 700 milhões de doses.
Afirma isso baseado nas ofertas que foram feitas durante audiência pública promovida no Congresso.
Padilha não tem dúvida, portanto, que Bolsonaro apostou no pseudo tratamento precoce com o objetivo de não fechar a economia.
Porém, com as duas grandes ondas de mortandade e diante dos exemplos práticos de Israel e dos Estados Unidos, o presidente mudou de rumo — mas antes abriu as portas para que aliados fizessem bons negócios enquanto os brasileiros morriam.
Hoje, são 518.066 mortos, sendo 2.081 óbitos registrados nas últimas 24 horas.
A vacinação com duas doses está em cerca de 16% dos brasileiros!
Vale a pena ver a entrevista em que o ex-ministro Alexandre Padilha analisa a CPI e a pandemia no Brasil:
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