O servidor Luís Carlos Miranda, do Ministério da Saúde, na CPI da Covid. Foto: Reprodução do boletim do Fonasefe |
Da República
A gravação que poderia derrubar Jair Bolsonaro existe, segundo o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
Ele deu detalhes: seriam 50 minutos, com “muita informação e baixaria”.
A gravação teria sido feita no dia em que o deputado bolsonarista Luís Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luís Ricardo, funcionário de carreira do Ministério da Saúde, foram ao presidente da República denunciar um esquema de corrupção na compra de vacinas da Covaxin, que desviaria ao menos U$ 45 milhões.
É o valor de um adiantamento que seria feito à empresa indiana Bharat Biotech, através da Madison, num paraíso fiscal, antes mesmo da entrega das vacinas.
Luís Ricardo tentou frear o processo dizendo que o contrato não previa adiantamento, nem incluía a empresa Madison.
Meses antes, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), havia introduzido emenda a MP do governo não só permitindo o pagamento adiantado por vacinas, mas livrando de penalização empresas que não entregassem totalmente as encomendas feitas.
Jair Bolsonaro afirmou que “caguei para a CPI” quando, em carta, foi questionado por líderes da comissão sobre se Luís Miranda falou ou não a verdade a respeito do encontro.
Miranda disse que, na conversa, Bolsonaro disse que o esquema de vacinas no ministério era de Ricardo Barros.
Barros, quando ministro da Saúde, adiantou R$ 20 milhões à empresa Global/Precisa para a compra de remédios contra doenças raras, que nunca foram entregues.
A Global/Precisa é a intermediária na negociação que o governo fez com a Bharat Biotech.
Bolsonaro, na conversa com Miranda, também teria citado outros próceres do Centrão, como Arthur Lira e Ciro Nogueira. Os dois e Barros pertencem ao PP.
Hoje o presidente da República é sustentado pelo Centrão, sem o qual ficará sujeito ao impeachment.
“Próximos dias prometem”, escreveu Pimenta em sua mensagem.
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