Foto: Divulgação/STF

Na quinta (19), pessoas próximas e assessores do presidente tentaram convencê-lo a desistir da iniciativa para não piorar o relacionamento entre os Poderes


Lucas Vasques Jornalista e redator da Revista Fórum.
3-4 minutos
Em mais uma atitude e desespero, Jair Bolsonaro apresentou ao Senado Federal, nesta sexta-feira (20), o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O documento foi recebido pelo chefe de gabinete do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Na quinta (19), pessoas próximas e assessores do presidente tentaram convencê-lo a desistir da iniciativa, pois o único efeito aparente será piorar o relacionamento entre os Poderes.

O texto foi preparado com o auxílio de assessores jurídicos de Bolsonaro, além do advogado-geral da União, Bruno Bianco. O documento tem somente a assinatura do presidente, com firma reconhecida.

“Entendo que os membros do Poderes devam participar ativamente do debate político e tolerar críticas, ainda que duras e incomodas. Eu, como presidente da República, sou diariamente ofendido nas redes sociais, sofro ameaças à minha integridade física o tempo todo e, como regra, tolero esses abusos por compreender que minha posição, como agente político central do Estado brasileiro, está sujeita a tais intempéries”, diz Bolsonaro.

“Nota-se que o judiciário brasileiro, com fundamento nos princípios constitucionais, tem ocupado um verdadeiro espaço político no cotidiano do país”, ataca o presidente.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI do Genocídio, definiu a medida tomada pelo p”.

“É um único e exemplar ataque à independência dos Poderes. É a primeira vez que ocorre um absurdo desses. Um ataque frontal à independência dos Poderes. Um pedido de impeachment de ministro pessoal, assinado pelo presidente da República, o chefe do Executivo!”, destaca Renan.

Mourão

O próprio vice-presidente, Hamilton Mourão, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (16), disse que achava “difícil” o Senado aceitar a abertura de pedidos de impeachment contra ministros do STF.

Dois dias antes, Bolsonaro foi às redes sociais para anunciar que entregaria ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pedidos de impeachment contra os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

Sem chance

No entanto, Rodrigo Pacheco havia sinalizado a pessoas próximas que não pretende dar prosseguimento às ações movidas por Bolsonaro.

Com informações de O Globo 

revistaforum.com.br

Comentário(s)

-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;

Postagem Anterior Próxima Postagem

ads

ads