| Pesquisadora do IPEA alerta para queda da população em idade ativa, causada pelo aumento da mortalidade | Rio da Paz / Site do PT |
Graças à negligência criminosa de Bolsonaro no enfrentamento da Covid-19, a expectativa de vida no país caiu de 76,6 anos para 72,2 anos. Desaceleração da oferta de mão de obra foi antecipada em uma década
Partido dos Trabalhadores
3-5 minutos
A negligência e o negacionismo criminoso de Jair Bolsonaro, que resultaram na morte de mais 644 mil brasileiros, deixará marcas profundas na demografia do Brasil. Um estudo conduzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a expectativa de vida caiu 4,4 anos no país, despencando de 76,6 anos em 2019 para 72,2 anos em dezembro de 2021. E não é só: a desaceleração do crescimento da mão de obra também foi antecipada em uma década.
“O primeiro impacto da pandemia é o aumento da mortalidade e, como consequência, forte redução da expectativa de vida”, declarou a coordenadora de Estudos e Pesquisas de Igualdade de Gênero, Raça e Gerações, da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc) do Ipea, Ana Amélia Camarano. “Isso é muita coisa. Perder 4,4 anos em 22 meses significa uma perda de vida de 0,36 ano ou quatro meses em cada mês”, comparou.
“Entre 1980 e 2019 ganhou-se quatro meses por ano de expectativa de vida. Entre 2019 e 2021, perdeu-se quatro meses por mês de expectativa de vida”, disse a pesquisadora, em entrevista ao jornal Valor.
Com o descontrole sanitário, a mortalidade afetou diretamente o envelhecimento da população, explicou a pesquisadora, que apontou também para uma diminuição da taxa de natalidade. “O efeito disso na população foi uma desaceleração acentuada do crescimento e antecipação da diminuição da população”, constatou Camarano. “Já estava previsto que a população diminuiria a partir de meados da década de 2030, mas com a pandemia isso deve acontecer até o fim desta década”.
A especialista projeta uma redução da população de 212,2 milhões em 2025 para 209,7 milhões em 2030, chegando a 204,2 milhões em 2035. Ela alertou ainda para uma redução da população em idade ativa (PIA), causada pelo aumento da mortalidade. De acordo com as estimativas da especialista, a população em idade ativa passará de 136 milhões em 2020 para 142,7 milhões em 2025. Mas deve cair de 139,8 milhões em 2030 para 133,1 milhões em 2035.
“Em uma população, pais cuidam dos filhos e filhos cuidam dos pais. A tendência é ter mais pais e menos filhos, seja para cuidar, seja para pagar a conta da Previdência”, apontou.
“O primeiro impacto da pandemia é o aumento da mortalidade e, como consequência, forte redução da expectativa de vida”, declarou a coordenadora de Estudos e Pesquisas de Igualdade de Gênero, Raça e Gerações, da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc) do Ipea, Ana Amélia Camarano. “Isso é muita coisa. Perder 4,4 anos em 22 meses significa uma perda de vida de 0,36 ano ou quatro meses em cada mês”, comparou.
“Entre 1980 e 2019 ganhou-se quatro meses por ano de expectativa de vida. Entre 2019 e 2021, perdeu-se quatro meses por mês de expectativa de vida”, disse a pesquisadora, em entrevista ao jornal Valor.
Com o descontrole sanitário, a mortalidade afetou diretamente o envelhecimento da população, explicou a pesquisadora, que apontou também para uma diminuição da taxa de natalidade. “O efeito disso na população foi uma desaceleração acentuada do crescimento e antecipação da diminuição da população”, constatou Camarano. “Já estava previsto que a população diminuiria a partir de meados da década de 2030, mas com a pandemia isso deve acontecer até o fim desta década”.
A especialista projeta uma redução da população de 212,2 milhões em 2025 para 209,7 milhões em 2030, chegando a 204,2 milhões em 2035. Ela alertou ainda para uma redução da população em idade ativa (PIA), causada pelo aumento da mortalidade. De acordo com as estimativas da especialista, a população em idade ativa passará de 136 milhões em 2020 para 142,7 milhões em 2025. Mas deve cair de 139,8 milhões em 2030 para 133,1 milhões em 2035.
“Em uma população, pais cuidam dos filhos e filhos cuidam dos pais. A tendência é ter mais pais e menos filhos, seja para cuidar, seja para pagar a conta da Previdência”, apontou.
Da Redação, com Valor

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