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Jamil Chade

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panorama de cidade de Jerusalém Imagem: Shutterstock
panorama de cidade de Jerusalém Imagem: Shutterstock

Num ato pouco comum, o Brasil saiu em defesa de um livreiro em Jerusalém, preso pelas autoridades israelenses neste fim de semana. Um diplomata brasileiro foi enviado até as cortes, onde o caso está sendo julgado nesta segunda-feira. Também estiveram presentes diplomatas de países como Suíça, França, Irlanda ou Reino Unido. O objetivo, segundo o UOL apurou, foi a de demonstrar que a comunidade internacional está acompanhando o caso e colocando pressão para que abusos não sejam cometidos.

No domingo, a livraria palestina mais famosa de Jerusalém foi alvo de uma operação policial. Seus donos foram presos, enquanto os policiais usam o Google para traduzir os nomes das obras nas prateleiras.

A livraria Educational Bookshop é uma das mais visitadas por diplomatas estrangeiros na cidade e seus donos mantêm uma relação próxima aos enviados brasileiros. Ao longo dos anos, acolheu nomes como Mikhail Gorbachev, Tony Blair, Bob Dylan, Uma Thurman e Giorgio Armani.

A acusação contra os dois donos - Mahmoud Muna e Ahmed Muna - foi de que sua loja promove uma "violação da ordem pública". Durante a operação, os livros foram atirados no chão e muitos teriam sido confiscados.

Além dos diplomatas estrangeiros, a audiência no tribunal em Jerusalém atraiu uma pequena multidão, que pedia o fim da censura.

De acordo com os relatos, todos os livros que tinham bandeiras palestinas nas suas capas foram confiscados. Foram ainda levadas obras do artista Banksy, Noam Chomsky, Ilan Pappé, e Afzal Huda.

Nas redes sociais, Husam Zomlot, embaixador da palestina no Reino Unido, condenou a prisão. Segundo ele, o ato é uma demonstração da "campanha de censura" contra quem questiona a ocupação de Israel sobre terras palestinas.


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