O deputado, que está licenciado da PF, é alvo de uma processo administrativo
Revista Fórumrevistaforum.com.br
Marcelo Hailer
6–8 minutos
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Eduardo Bolsonaro se vitimiza após ameaçar delegado. Créditos: Reprodução redes sociais |
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou uma série de stories nesta terça-feira (11) onde se vitimiza e adota um tom bem diferente de outras publicações, nas quais insinua que é alvo de perseguição da Polícia Federal (PF), que o intimou para prestar depoimento.
O parlamentar, que é escrivão licenciado da PF, é alvo de um processo administrativo por ter utilizado a tribuna da Câmara dos Deputados para atacar o delegado Fábio Alvarez Shor de "cachorrinha" e "putinha" do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O delegado Fábio Shor é responsável pelas investigações da PF relacionadas aos inquéritos relatados pelo ministro Alexandre de Moraes, entre eles, o que investiga a tentativa de golpe de Estado.
Antes de se vitimizar nos stories de seu perfil no Instagram, Eduardo Bolsonaro disparou novos ataques contra o delegado Fábio Shor. "Essa covardia aqui, utilizando-se da mão do Estado para tentar pressionar um deputado federal a calar a boca. Vocês não vão me calar, se quiser me prendam, bloqueiem todos os meus bens. A minha satisfação maior nessa vida vai ser quando você, Fábio Shor, isso não é em tom de ameaça, tá, é um deputado federal que ainda, Deus queira, pode falar nesse país [...] você não vai sequer conseguir pegar um Uber na Flórida, porque você será impedido de entrar lá, se Deus quiser."
Porém, nos seus stories, Eduardo Bolsonaro adotou outro tom e, em determinado momento, ao agradecer o apoio de seus seguidores, o deputado simula um quase choro e uma expressão de emoção. Em outro momento, o deputado se equivoca ao afirmar que é o "mais votado" de São Paulo. Esse posto é ocupado pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que teve 1 milhão de votos.
"Mas isso tudo por quê? Porque o nosso trabalho está incomodando", afirma Eduardo Bolsonaro com a voz embargada e mirando o horizonte.
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Eduardo Bolsonaro é intimado pela PF e ameaça delegado
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL- SP) foi intimado pela Polícia Federal (PF). A informação foi divulgada pelo próprio parlamentar em vídeo divulgado através das redes sociais nesta segunda-feira (10).
Eduardo é escrivão licenciado da PF e tornou-se alvo de um processo administrativo por ter utilizado a tribuna da Câmara dos Deputados para chamar o delegado Fabio Alvarez Shor de “cachorrinha” e “putinha” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Shor é o responsável pelas investigações da PF relacionadas aos inquéritos relatados por Moraes, entre eles o da tentativa de golpe de Estado.
O filho de Jair Bolsonaro estava no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck, em Brasília, prestes a embarcar para os Estados Unidos, quando gravou o vídeo para anunciar a intimação. Revoltado, Eduardo Bolsonaro ainda repetiu as ofensas ao delegado em publicações no X (antigo Twitter).
"Acabei de ser intimado pela Polícia Federal, no momento aqui que eu tô agora embarcando para os Estados Unidos, e querem mover um processo administrativo. Querem não, estão movendo um processo administrativo contra mim, porque eu sou da Polícia Federal, por eu ter proferido palavras da tribuna da Câmara. Isso aqui é mais baixo nível até do que tomar um processo judicial judicial por crime contra a honra. É um esculacho com toda a categoria de deputados federais. Eu vou recorrer à Procuradoria da Câmara para fazer a minha defesa, porque é inadmissível que o delegado Fábio Shor se sinta no direito de fazer isso daqui", declarou o deputado.
Em 14 de agosto de 2024, Eduardo Bolsonaro foi à tributa da Câmara, exibiu uma foto do delegado Fábio Shor, se referindo a ele como “um verdadeiro cachorrinho" e "putinha" de Alexandre de Moraes.
“Na democracia relativa, eles expuseram a foto do delegado Federal Fabio Shor, que hoje está na rua. Este, sim, é um verdadeiro cachorrinho de Alexandre de Moraes. Talvez eu esteja utilizando aqui o termo errado, porque o cachorro é leal ao seu dono, com o qual ele tem uma relação de amizade. Quem faz as coisas, por poder e dinheiro, merece ser chamado de putinha de Alexandre de Moraes”, declarou à época.
O deputado de extrema direita, então, passou a ser investigado e, nesta segunda-feira, ao anunciar a intimação da PF, ameaçou o delegado de processo.
"Essa covardia aqui utilizando-se da mão do Estado para tentar pressionar um deputado federal a calar a boca. Vocês não vão me calar, se quiser me prendam, bloqueiem todos os meus bens. A minha satisfação maior nessa vida vai ser quando você, Fabio Shor, isso não é em tom de ameaça, tá, é um deputado federal que ainda, Deus quiser, ainda pode falar nesse país, quando você olhar o Mickey Mouse pelas lentes do Alan dos Santos, você não vai sequer conseguir pegar um Uber na Flórida, porque você será impedido de entrar lá, se Deus quiser", disparou Eduardo Bolsonaro.
"Isso daí é uma vergonha. Não vão me calar. Estou indo para os Estados Unidos agora e pretendo aqui estudar para ver a possibilidade de processar você, Fabio Shor, na sua pessoa física, porque essa guerra já está virando pessoal, por abuso de autoridade, que isso é o que vocês estão fazendo", prosseguiu.
Veja vídeo:
Repetiu as ofensas
Em outras publicações feitas no X (antigo Twitter), Eduardo Bolsonaro repetiu as ofensas ao delegado Fabio Shor com fotos de um cachorro.
"Uma pessoa sem valores pode virar um criminoso. Um criminoso investido de poder estatal pode virar um cachorrinho A cada degrau de poder que uma pessoa inescrupulosa sobe, mais reprovável é sua conduta criminosa. Eu respeito mais um ladrão comum do que um burocrata covarde", escreveu o extremista.
Confira:
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