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Moisés Mendes
diariodocentrodomundo.com.br
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O empresário bolsonarista Luciano Hang – Foto: Reprodução
O empresário bolsonarista Luciano Hang – Foto: Reprodução


Compartilho texto de Fábio Zanini, publicado no Painel da Folha, sobre projeto de autoria do deputado Guilherme Boulos.

FOLHA DE S. PAULO

Painel – Fábio Zanini

Boulos apresenta projeto para punir empresários golpistas e chama de ‘PL Véio da Havan’ 

Matéria da Folha sobre projeto apresentado pelo deputado Guilherme Boulos – Foto: Reprodução
Matéria da Folha sobre projeto apresentado pelo deputado Guilherme Boulos – Foto: Reprodução



Proposta prevê que empresas que financiem tentativas de golpe fiquem proibidas de participar de licitações

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) propôs um projeto de lei para penalizar empresas que financiem tentativas de golpe de Estado, como os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023.

O texto, protocolado na Câmara nesta terça-feira (4), estabelece que empresas que apoiem ou financiem esses movimentos ficarão proibidas de participar de licitações e de celebrar contratos com a administração pública por até 20 anos.

“O Véio da Havan é um exemplo didático e cristalino desse perfil que queremos combater, e daí o nome do projeto”, diz Boulos, em alusão ao empresário bolsonarista Luciano Hang.

O psolista disse, ainda, que se trata de uma medida para combater o “golpismo bolsonarista”.

“O Véio da Havan foi citado na delação de Mauro Cid como um dos empresários que pediram para Bolsonaro ‘virar a mesa’. Suas lojas também foram pontos de concentração de golpistas. Isso é inaceitável”, afirmou o deputado, em nota.

Ao Painel, Hang classificou as declarações de Boulos como infundadas. “A proposta intitulada “Véio da Havan” é um absurdo e totalmente descabida, porque vem carregada de falsas e graves acusações. Jamais atentei contra o Estado de Direito”, diz o empresário.

“Me causa espanto que alguém com essa mentalidade ocupe um cargo de deputado federal”, prosseguiu o empresário.

Hang também disse que nunca participou e jamais participará de licitação pública.

Na delação, Cid relatou que Hang participou de um grupo de empresários favoráveis a impedir a posse de Lula. A reunião teria acontecido em 7 de novembro de 2022, uma semana após a vitória de Lula no segundo turno.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro – Foto: Evaristo Sá/AFP
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro – Foto: Evaristo Sá/AFP

 
O ex-braço direito de Bolsonaro afirmou que Hang e outro empresário pediram que o ex-presidente exigisse do Ministério da Defesa um relatório “mais maduro” sobre as supostas existências de fraudes nas urnas eletrônicas e no sistema eleitoral para que pudessem “virar o jogo”.

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MAIS CALMO?

O interessante é que geralmente, em situações semelhantes, o véio da Havan ameaçava processar quem o acusava de golpismo. Por que não avisou que vai processar Boulos?

Mudou de tática ou está à espera do desfecho de pelo menos dois inquéritos em que é investigado por ataques às instituições, disseminação de fake news e por defender o golpe contra Lula.
 



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