O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou crescimento de 3,4% em 2024, alcançando R$ 11,7 trilhões, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 7. No quarto trimestre, a alta foi de 0,2% em relação ao trimestre anterior, indicando estabilidade econômica. O crescimento anual foi impulsionado principalmente pelos setores […]
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Redação O Cafezinho
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Ricardo Stuckert/PR |
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou crescimento de 3,4% em 2024, alcançando R$ 11,7 trilhões, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 7.
No quarto trimestre, a alta foi de 0,2% em relação ao trimestre anterior, indicando estabilidade econômica. O crescimento anual foi impulsionado principalmente pelos setores de serviços e indústria.
Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, as atividades que mais contribuíram para o crescimento foram “outras atividades de serviços” (5,3%), indústria de transformação (3,8%) e comércio (3,8%), responsáveis por aproximadamente metade da expansão do PIB no ano.
Setores produtivos registram desempenhos distintos
O setor industrial teve alta de 3,3% em 2024. A construção civil cresceu 4,3%, impulsionada pelo aumento na geração de empregos, maior produção de insumos e ampliação do crédito. A indústria de transformação subiu 3,8%, enquanto eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos avançaram 3,6%.O setor de serviços, que representa a maior parcela da economia, teve crescimento de 3,7%. Comércio, transporte e serviços financeiros apresentaram resultados positivos ao longo do ano, refletindo maior consumo e movimentação de mercadorias.
A agropecuária teve retração de 3,2%, impactada por condições climáticas adversas que afetaram a produtividade de culturas essenciais. A produção de soja caiu 4,6%, enquanto a de milho recuou 12,5%.
Consumo das famílias impulsiona economia
A despesa de consumo das famílias cresceu 4,8% em relação a 2023, favorecida por programas de transferência de renda, melhora no mercado de trabalho e redução da taxa média de juros em relação ao ano anterior.Os investimentos produtivos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), cresceram 7,3%, enquanto os gastos do governo avançaram 1,9%. No setor externo, as importações subiram 14,7% e as exportações aumentaram 2,9%. A taxa de investimento atingiu 17,0% do PIB, contra 16,4% no ano anterior. A taxa de poupança caiu para 14,5%.
Crescimento moderado no quarto trimestre
Nos últimos três meses de 2024, o PIB cresceu 0,2% em relação ao trimestre anterior. A indústria avançou 0,3% e os serviços 0,1%, enquanto a agropecuária registrou queda de 2,3%.Segundo Palis, o desempenho econômico no período refletiu estabilidade, com impactos da inflação no consumo das famílias. “O PIB ficou praticamente estável, com crescimento nos investimentos, mas queda no consumo das famílias devido à aceleração da inflação e ao aumento da taxa de juros desde setembro”, afirmou a coordenadora do IBGE.
Na indústria, a construção civil cresceu 2,5%, enquanto a indústria de transformação teve alta de 0,8%. As indústrias extrativas avançaram 0,7%. O segmento de eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos recuou 1,2%.
Nos serviços, transporte, armazenagem e correio cresceram 0,4%, e o comércio subiu 0,3%. Atividades imobiliárias e serviços públicos permaneceram estáveis. O setor de atividades financeiras, seguros e comunicação registrou retração.
O consumo das famílias caiu 1,0% no trimestre, enquanto os gastos do governo cresceram 0,6% e os investimentos produtivos avançaram 0,4%. No setor externo, as exportações caíram 1,3% e as importações ficaram estáveis (-0,1%).
Perspectivas para 2025
O crescimento da economia brasileira em 2024 superou as projeções, mas desafios permanecem para 2025. O cenário global incerto, possibilidade de juros mais altos e desaceleração do consumo interno podem impactar o ritmo de crescimento.Medidas de incentivo ao crédito, investimentos em infraestrutura e a continuidade do mercado de trabalho aquecido podem sustentar um avanço moderado da economia.
Com o setor de serviços consolidado como principal motor de crescimento e a indústria em recuperação, o Brasil inicia 2025 com um PIB robusto, mas sujeito a desafios para manter o ritmo de expansão.
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