Em depoimentos concedidos nas comissões parlamentares de inquérito sobre a construção da refinaria Abreu e Lima, Sérgio Gabrielli e Paulo Roberto Costa mentiram ou distorceram fatos, segundo investigadores

O Globo
Petrobras: investigadores apontam mentiras em depoimentos de Gabrielli e Costa
Os depoimentos prestados às Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) pelo ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli e pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa incomodaram autoridades que cuidam de investigações oficiais relacionadas aos negócios da estatal. Sob a condição do anonimato, esses investigadores afirmam que, em suas intervenções, Gabrielli e Costa mentiram ou distorceram fatos sobre a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Para negar os apontamentos de superfaturamento nas obras da refinaria, Gabrielli e Costa disseram que o Tribunal de Contas da União (TCU) usa obras rodoviárias como parâmetro de comparação, o que seria um equívoco na versão dos dois. Os investigadores afirmam que esse procedimento é adotado apenas no caso de transporte de material de uma obra, por exemplo. É o próprio projeto da refinaria, elaborado pela Petrobras, a principal referência de preços. O superfaturamento máximo investigado pelo TCU ultrapassa R$ 1,1 bilhão em quatro contratos da refinaria.
Terraplanagem em xeque — Gabrielli e Costa também afirmaram que o TCU nunca terminou ou quase não concluiu relatórios sobre a refinaria. As avaliações, até agora, seriam apenas preliminares, segundo eles. Mas diversos processos foram concluídos, com apontamentos definitivos sobre superfaturamento. É o caso da investigação sobre a terraplanagem do empreendimento, que teve um superfaturamento de R$ 69,5 milhões. As auditorias levaram a uma redução real de R$ 49 milhões do valor do contrato, e o TCU determinou que a Petrobras executasse as garantias oferecidas pelos consórcios responsáveis, como forma de evitar o prejuízo referente ao sobrepreço. Entre os responsáveis no processo estão Gabrielli e Costa.
Genoino não vai pedir para assumir cargo fora da Papuda
Derrotado anteontem no pedido de prisão domiciliar, o ex-presidente do PT José Genoino não pretende seguir os passos de seus colegas de condenação e pedir autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para trabalhar fora do presídio da Papuda. Apesar da alegação de seus advogados de que o petista é portador de uma cardiopatia grave e de que deveria, portanto, ficar em repouso em casa, ele trabalha na biblioteca do presídio e faz cursos por correspondência para tentar diminuir sua pena.
— Por enquanto, ele (Genoino) vai continuar só com o trabalho interno e com os cursos para ter direito à remissão de alguns dias na pena — disse o advogado Cláudio Alencar.
Base aliada: PRB ameaça tirar apoio, e PCdoB mostra insatisfação
Depois do PR e do PP, agora quem ameaça não apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff é o PRB. Segundo o presidente nacional do partido, Marcos Pereira, a executiva do PRB está furiosa com a ação do Planalto no sentido de tirar o PROS da aliança com o candidato a governador do Rio pelo partido, Marcelo Crivella, para reforçar a candidatura de Garotinho. Nesta quinta-feira, Pereira reuniu-se com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, só que não houve entendimento entre as partes. A convenção nacional do PRB seria realizada nesta sexta, mas, em função desse episódio, foi remarcada para a próxima segunda-feira.
- O Planalto tirou o Pros do Crivela e isso não é justo. Logo o Crivela que foi um dos senadores mais fiéis ao governo. Por isso, o próprio Crivela, a Executiva do partido, todos querem rever até mesmo o apoio à reeleição da presidente — disse Marcos Pereira, após o encontro com Rui Falcão.
Ele nega que entre as negociações esteja a possibilidade do senador Crivela poder ser lançado como candidato a vice do petista Lindberg Farias.
— Esquece essa possibilidade. Crivela será lançado candidato a governador neste domingo à tarde, no clube do Olaria, no Rio. Não tem como rever isso — garantiu Pereira.
Outro conflito para ser resolvido pelo PT envolve o PCdoB. O partido realiza sua convenção nacional nesta sexta-feira, em apoio à reeleição de Dilma, descontente com o aliado. Os comunistas levaram na semana passada ao ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, uma lista de problemas entre PT e PCdoB nos estados, pedindo que o governo entre em campo para resolver. Há questões no Ceará, em São Paulo, no Maranhão, em Sergipe e no Paraná.
PSDB vai recorrer ao TSE contra Dilma e pedirá ao MP que Berzoini seja investigado
O PSDB decidiu recorrer nesta sexta-feira ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para solicitar que a presidente Dilma Rousseff (PT) seja investigada por suspeita de crime eleitoral. Segundo o coordenador jurídico do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), a reportagem publicada nesta quinta-feira pelo O Globo e pelo “Extra” mostra que a presidente Dilma Rousseff estaria beneficiando-se da atuação de servidores públicos para obter informações sobre as demais pré-candidaturas ao Palácio do Planalto.
- Esse Núcleo de Gestão da Informação é uma estrutura pública, paga com dinheiro público, que está a serviço da campanha da presidente Dilma Rousseff. Isso é grave e merece ser investigado. Vamos representar contra a presidente no Ministério Público Eleitoral para pedir que a investigue, pois isso é crime eleitoral – afirmou Sampaio.
Segundo o deputado, o partido pedirá também que o Ministério Público Federal no Distrito Federal investigue a conduta do ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini. O partido acredita que ele tenha cometido improbidade administrativa.
- O ministro Berzoini diz ter ciência plena do que o assessor dele estava fazendo. Isso caracteriza ato de improbidade administrativa, porque ele não pode usar um servidor em horário de expediente para uma finalidade que beneficie a campanha eleitoral da Dilma. Isso caracteriza ato de improbidade administrativa – defendeu o deputado.
De acordo com Sampaio, a representação na Justiça eleitoral vai se basear na vedação feita na lei eleitoral ao uso de servidores ou equipamentos públicos em uma campanha. “Quando a pessoa age, como o assessor [da secretaria de Relações Institucionais da presidência da República] agiu, policiando prefeitos do PMDB que estão apoiando Aécio [presidenciável tucano Aécio Neves], ele age, obviamente, em benefício da presidente Dilma”.
PMDB do Rio lança Pezão em ato com discursos pró-Aécio
O PMDB fluminense promoveu a convenção que oficializou o nome do governador Luiz Fernando Pezão como candidato à reeleição. O evento aconteceu na quadra da escola de samba São Clemente, no Centro do Rio, lotada de correligionários. Os primeiros a discursar no evento exaltaram Pezão e, ao final, mandaram o recado de que votarão no presidenciável Aécio Neves (PSDB). A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT e aliada nacional do PMDB, não foi lembrada no evento.
Pezão chegou à convenção acompanhado do ex-governador Sérgio Cabral, do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e do candidato a vice na chapa, Felipe Peixoto (PDT). Paes começou o discurso pedindo palmas para Cabral. Disse que o PMDB não estaria dividido na campanha.

Folha de S. Paulo
STF autoriza Delúbio e mais 3 a trabalhar fora da cadeia
O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, novo relator do mensalão na corte, autorizou quatro condenados a regime semiaberto no processo, entre eles o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, a voltar a trabalhar fora da penitenciária.
Além de Delúbio, reconquistaram o benefício os ex-deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE) e o ex-tesoureiro do extinto PL, Jacinto Lamas.
As decisões de Barroso foram tomadas após o plenário do STF acatar na noite de quarta (25), por 9 votos a 1, um pedido da defesa do ex-ministro José Dirceu para que ele trabalhasse fora da prisão.
Os ministros também decidiram que caberia ao relator usar os mesmos critérios considerados no caso de Dirceu para julgar sozinho outros seis recursos que pediam a retomada de trabalho externo a presos do semiaberto.
Barroso negou o pedido do ex-deputado pelo PTB Romeu Queiroz, que queria trabalhar em sua própria empresa, e também o de Rogério Tolentino –ex-sócio do operador do mensalão Marcos Valério–, que pedira para ser empregado de Queiroz.
Pressionado, Pezão muda o tom sobre Aécio
Após pressão do Palácio do Planalto, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), mudou o tom em relação ao seu palanque triplo e afirmou nesta quinta-feira (26) defender a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
“Eu sou Dilma, não vou cuspir no prato que comemos por sete anos e cinco meses. Vou trabalhar pela presidente”, afirmou em inauguração pela manhã, horas antes da convenção do PMDB-RJ que oficializou sua candidatura ao governo fluminense.
Na segunda-feira (23), quando PSDB e DEM oficializaram o apoio a ele, Pezão havia dito: “Meu palanque no Rio de Janeiro vai ser com os três candidatos”, numa referência a Aécio Neves, do PSDB, e Pastor Everaldo, do PSC, além da petista.
Plínio Sampaio está internado há um mês para tratar câncer no osso
O ex-deputado federal Plínio de Arruda Sampaio, 83, está internado há ao menos um mês no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP), para tratar um câncer no osso.
Segundo um de seus filhos, Francisco de Azevedo Arruda Sampaio, 58, o câncer em uma vértebra torácica foi descoberto após seu pai se queixar de fortes dores na coluna. No momento, ele está na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
PSB decide ter candidato próprio em Minas Gerais
Depois de uma tumultuada convenção no sábado (21), que terminou sem decisão, o PSB de Minas Gerais decidiu na noite desta quinta-feira (26) lançar candidatura própria ao governo do Estado, o que dará um palanque próprio à chapa do presidenciável Eduardo Campos e de Marina Silva no Estado.
Desde o início do processo eleitoral, os tucanos vêm tentando convencer o PSB a participar da chapa do PSDB ao governo “”desde 2002 as duas legendas são aliadas no Estado –o que faria com que Campos divididisse o palanque com Aécio Neves, o candidato do PSDB ao Planalto. Em Minas, a chapa do PSDB é encabeçada pelo ex-ministro Pimenta da Veiga.
Marina Silva, no entanto, era contra a aproximação com os tucanos e sempre defendeu candidatura própria.
O escolhido para disputar a eleição pelo PSB em Minas foi o ex-deputado Tarcísio Delgado, que já foi vereador, deputado estadual em Minas e federal por dois mandatos, além de prefeito por três vezes em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.
PT autoriza chapa no AP com aliado de Campos
Na reta final para definir as coligações, o comando do PT autorizou nesta quinta (26) alianças polêmicas e decidiu intervir em três Estados (Paraíba, Amazonas e Rondônia) para reforçar a campanha de Dilma Rousseff.
A Executiva Nacional do PT liberou o diretório do Amapá para integrar a chapa à reeleição do governador Camilo Capiberibe (PSB) após ele enviar carta prometendo neutralidade no 1º turno da eleição. Capiberibe é aliado do presidenciável Eduardo Campos (PSB), que terá sua campanha enfraquecida no Estado.
Na carta, o governador do Amapá diz que ficará neutro e, num eventual 2º turno sem Campos, apoiará o PT.
PR não aparece na posse de ministro escolhido pela sigla
Em cerimônia curta e sem a presença de lideranças do PR no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff formalizou nesta quinta-feira (26) a troca de cadeiras em sua equipe ministerial para acomodar as pressões políticas nesta reta final de convenções partidárias.
Sem fazer qualquer menção a questões políticas em seu discurso, nem mesmo indiretamente, Dilma empossou o ministro César Borges na Secretaria de Portos. Ele estava nos Transportes, mas o PR exigiu sua saída.
A presidente o substituiu por Paulo Sérgio Passos, técnico que já ocupou a pasta e até pouco tempo atrás também não era bem visto dentro do PR, partido que deveria representar no governo.
Dilma foi obrigada a promover a troca diante das chantagens do PR, que ameaçava abandonar a aliança de Dilma na campanha pela reeleição. Se isso se confirmasse, seria o segundo partido a desembarcar da órbita petista –o outro foi o PTB, que se aliou ao tucano Aécio Neves.
Aécio sugere a aliados de Dilma que ‘suguem’ a petist
Candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves (MG) rebateu na quarta-feira (26) críticas da presidente Dilma Rousseff aos políticos que entram em acordos por “conveniências” e não por “convicções”.
Aécio disse que Dilma vem conquistando tempo de TV para a sua campanha à Presidência de partidos aliados, mas vai perder o apoio da maioria ao longo da campanha “”com a adesão de governistas à sua candidatura.
“Muito mais gente já desembarcou e o governo ainda não percebeu. Vão sugar um pouco mais. E eu digo para eles: façam isso mesmo, suguem mais um pouquinho e depois venham para o nosso lado”, ironizou o tucano.
Após troca em ministério, PR diz que apoiará candidatura de Padilha
Sem a definição de um vice a apenas quatro dias do prazo fixado pela Justiça Eleitoral, o candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, recebeu nesta quinta (26) o apoio do PR.
Em troca, o partido indicará ao posto de primeiro suplente na chapa de Eduardo Suplicy (PT) ao Senado o presidente estadual do PR, José Tadeu Candelária. O acordo dará a Padilha 1min18s na propaganda eleitoral no rádio e na TV.

O Estado de S. Paulo
Aécio investe em acordos no Nordeste para tentar reduzir vantagem petista
Campos e Marina se reúnem para ‘superar diferenças’ sobre alianças
Pezão diz que é Dilma mas coloca pastor no palanque
Planalto pede lista de rebeldes do Rio e oposição reage
Petistas repaginam discurso sobre ‘mau humor das elites’
Ministros têm posse relâmpago; PR não prestigia
Presidente intensifica viagens antes de fim de prazo legal
Supremo autoriza Delúbio a trabalhar fora
Dirceu vai executar ‘atividades variadas’, afirma empregador

Valor Econômico
PT age para barrar acordo com PSB na PB
A executiva nacional do PT deve intervir no diretório estadual da Paraíba para garantir apoio à candidatura do senador Vital do Rêgo (PMDB) ao governo do Estado. A cúpula petista quer desfazer a aliança feita por dirigentes locais com o governador e candidato à reeleição Ricardo Coutinho (PSB).
PR fecha apoio a Padilha, mas abre crise com PCdoB
Depois de ensaiar um acordo com o PSDB, o PR oficializou ontem o apoio à candidatura de Alexandre Padilha (PT) ao governo de São Paulo. Em troca da aliança, o partido vai indicar o presidente do diretório estadual, Tadeu Candelária, como primeiro suplente do senador Eduardo Suplicy (PT), candidato à reeleição em outubro. A negociação, no entanto, frustrou os planos do PCdoB, que contava com a vaga depois que ela foi oferecida ao partido pelo próprio Suplicy no mês passado. Tradicional aliado dos petistas, o PCdoB ameaça agora romper com Padilha para apoiar Paulo Skaf (PMDB) na disputa ao Palácio dos Bandeirantes.
Barroso autoriza Delúbio a trabalhar fora da prisão
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso autorizou o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares a voltar a trabalhar fora do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, onde cumpre pena de seis anos e oito meses por ter sido condenado no processo do mensalão.
Dilma diz que FHC investiu pouco em mobilidade
A presidente Dilma Rousseff (PT) criticou ontem o baixo investimento em mobilidade urbana e habitação durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em cerimônia que marcou a liberação de recursos federais a obras no setor em São Paulo e na região metropolitana, Dilma alfinetou o ex-presidente, sem citá-lo nominalmente. “Tenho perfeita consciência de que no passado não se investiu em obras de mobilidade urbana nessa dimensão.”
PMDB no Rio faz convenção sem defender Aécio ou Dilma
Nem Dilma Rousseff, nem Aécio Neves. Pastor Everaldo, do PSC, foi o único candidato à Presidência da República a falar na convenção estadual do PMDB do Rio, que confirmou a candidatura de Luiz Fernando Pezão ao governo do Estado. Os candidatos do PSDB e do PT não foram citados em nenhum dos discursos nem tiveram visibilidade no material de campanha de candidatos a deputados estaduais e federais de várias partes do Estado.
PSDB vai à Justiça cobrar explicações de Berzoini
O PSDB preparou uma grande ofensiva na Justiça Eleitoral e no Congresso Nacional para cobrar explicações do Palácio do Planalto, e buscar eventuais punições, sobre o assédio aos prefeitos do PMDB do Rio de Janeiro que cogitam apoiar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na corrida presidencial. Uma denúncia do jornal “O Globo” revelou que um assessor da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), instalada no 4º andar do palácio, pediu a lista dos prefeitos da sigla que compareceram a um evento de apoio à chapa “Aezão”, formada por Aécio e pelo governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que busca a reeleição.
Aécio atrai dissidentes com oferta de espaço e ajuda em campanhas
O candidato a presidente Aécio Neves (PSDB-MG) vai começar a campanha eleitoral contando que terá a seu lado um séquito de políticos cujos partidos são, formalmente, aliados da presidente Dilma Rousseff (PT).


Congresso em Foco

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