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Em 27 de junho de 1940, os alemães instalam uma comunicação via radio no território francês recentemente ocupado, empregando sua mais sofisticada máquina de codificação, Enigma, a fim de transmitir e receber informações.
Os locais escolhidos foram Brest, na Bretanha, e a cidade portuária de Cherbourg, na Normandia. Sinais seriam transmitidos aos pilotos dos bombardeiros germânicos a fim de orientá-los para os alvos no Reino Unido.
A Enigma perecia uma máquina de datilografar, originalmente empregada para fins comerciais. O exército alemão adaptou-a para os tempos de guerra, considerando seu sistema de codificação rigorosamente blindado. No entanto, os britânicos presumivelmente foram os autores da decifração tão logo a Alemanha invadiu a Polônia, interceptando na prática todas as mensagens enviadas.
[À esquerda: Máquina Enigma com três rotores, teclado, luzes e conexões para câmbio de codificação]
Os militares sempre tiveram como uma de suas obsessões interceptar as mensagens do inimigo. A criptografía é um dos métodos mais usados para a troca secreta das informações.
Em época de guerra é indispensável, no caso do inimigo, interceptar as mensagens, que não tenha maneira de saber o que significam. A forma de consegui-lo, consiste em alterar seu conteúdo de um modo que só o receptor da mensagem possa devolvê-la à sua forma original. Se o método empregado para alterar ou “encriptar” o texto for demasiado complicado, pode se valer de uma máquina que leve a cabo a tarefa. Hoje em dia são utilizados os computadores ou micro-controladores para tanto.
Durante a II Guerra Mundial, a maior parte das mensagens transmitidas entre diferentes setores de um exército se fazia pelo rádio. O rádio tem a desvantagem de que qualquer pessoa que disponha de um receptor funcionando na frequência adequada pode escutar as mensagens, motivo pelo qual se faz imperioso encriptá-las a fim de manter o segredo. A Enigma se tornou a máquina de encriptar mais famosa da história.
O alto comando germânico utilizou como base para a construção de sua máquina os trabalhos de Arthur Scherbius, criador de uma máquina encriptadora comercial, baseada numa série de rotores que mudavam uma letra por outra, mais Willie Korn, dono da companhia Enigma AG, de Berlim, melhoraram o desenho da máquina, adicionando-lhe rotores intercambiáveis. Já em 1923 dispunham de uma nova máquina, praticamente inviolável, destinadas à proteção de segredos comerciais.
Esta máquina era conhecida como “Eins” (Modelo Uno) ou “Wermarcht Enigma” (Modelo W) e entrou em serviço em 1.º de junho de 1930. Era capaz de “mesclar” o texto das mensagens de 200 quintilhões de formas diferentes. Transformou-se rapidamente no ‘código secreto indecifrável’ das Forças Armadas.
Paulatinamente, Enigma foi se introduzindo nas forças militares germânicas. Primeiro foi a Marinha, em seguida o Exército por último a Aeronáutica. Quando o Serviço de Inteligência, as SS, a Gestapo e o Serviço de Segurança do Partido Nazista começaram a utilizar a Enigma, a máquina foi retirada do mercado comercial.
Apesar de serem retiradas do mercado, o GCCS (Government Code Ciphering School ) da Inglaterra conseguiu decifrar algumas mensagens provenientes do modelo comercial, mas rapidamente se deram conta que não podiam decifrar os códigos das Enigmas. No entanto, um grupo de matemáticos poloneses pôde lográ-lo em 1939.
O governo inglês ocultou até 1986 este fato, dando a impressão de que haviam sido eles os que conseguiram romper o código. Quando a verdade foi revelada, soube-se que os poloneses, valendo-se de quatro estações de escuta em Varsóvia, Starogard, Poznan e Krzeslawice, já analisavam o Código Enigma desde 1928. Com a ajuda de vários matemáticos da Universidade de Poznan, estabeleceram as bases para quebrar o código.
Trabalhando junto com os franceses, conseguiram obter uma descrição dos modelos Enigma militares e algumas velhas tabelas de códigos. Em 1933 os poloneses já podiam decifrar mensagens alemãs. Até 1939 tinham lido uma 100 mil mensagens secretas. Este feito foi mantido em absoluto segredo para evitar que o exército alemão modificasse seu sistema.
Surpreendentemente, em setembro de 1938, os alemães mudaram por completo o método utilizado para gerar códigos. Como resposta, os poloneses fabricaram o primeiro “computador mecânico” da história, a chamada “bomba kryptologiczna”, que junto a outro aparato denominado “Ciclômetro” os ajudava a estabelecer padrões em mensagens interceptadas.
Em dado momento, a complexidade da Enigma obrigou os poloneses a utilizar 60 bombas criptológicas e jogos de 60 folhas perfuradas em lugar de 26.Logo em julho de 1939, o Chefe do Estado Maior polonês, Waclaw Stachiewicz, começou a compartilhar os segredos arrancados da Enigma com os serviços de inteligência aliados. Graças a isto, os britânicos puderam ler mensagens alemãs a partir de agosto de 1939.
Basicamente, foi o costume de repetir uma parte da mensagem no início de cada transmissão, o que limitava as possíveis combinações, passando dos 200 quintilhões teóricos a pouco menos de 16 mil combinações práticas.
Opera Mundi
Os locais escolhidos foram Brest, na Bretanha, e a cidade portuária de Cherbourg, na Normandia. Sinais seriam transmitidos aos pilotos dos bombardeiros germânicos a fim de orientá-los para os alvos no Reino Unido.
A Enigma perecia uma máquina de datilografar, originalmente empregada para fins comerciais. O exército alemão adaptou-a para os tempos de guerra, considerando seu sistema de codificação rigorosamente blindado. No entanto, os britânicos presumivelmente foram os autores da decifração tão logo a Alemanha invadiu a Polônia, interceptando na prática todas as mensagens enviadas.
[À esquerda: Máquina Enigma com três rotores, teclado, luzes e conexões para câmbio de codificação]
Os militares sempre tiveram como uma de suas obsessões interceptar as mensagens do inimigo. A criptografía é um dos métodos mais usados para a troca secreta das informações.
Em época de guerra é indispensável, no caso do inimigo, interceptar as mensagens, que não tenha maneira de saber o que significam. A forma de consegui-lo, consiste em alterar seu conteúdo de um modo que só o receptor da mensagem possa devolvê-la à sua forma original. Se o método empregado para alterar ou “encriptar” o texto for demasiado complicado, pode se valer de uma máquina que leve a cabo a tarefa. Hoje em dia são utilizados os computadores ou micro-controladores para tanto.
Durante a II Guerra Mundial, a maior parte das mensagens transmitidas entre diferentes setores de um exército se fazia pelo rádio. O rádio tem a desvantagem de que qualquer pessoa que disponha de um receptor funcionando na frequência adequada pode escutar as mensagens, motivo pelo qual se faz imperioso encriptá-las a fim de manter o segredo. A Enigma se tornou a máquina de encriptar mais famosa da história.
O alto comando germânico utilizou como base para a construção de sua máquina os trabalhos de Arthur Scherbius, criador de uma máquina encriptadora comercial, baseada numa série de rotores que mudavam uma letra por outra, mais Willie Korn, dono da companhia Enigma AG, de Berlim, melhoraram o desenho da máquina, adicionando-lhe rotores intercambiáveis. Já em 1923 dispunham de uma nova máquina, praticamente inviolável, destinadas à proteção de segredos comerciais.
Esta máquina era conhecida como “Eins” (Modelo Uno) ou “Wermarcht Enigma” (Modelo W) e entrou em serviço em 1.º de junho de 1930. Era capaz de “mesclar” o texto das mensagens de 200 quintilhões de formas diferentes. Transformou-se rapidamente no ‘código secreto indecifrável’ das Forças Armadas.
Paulatinamente, Enigma foi se introduzindo nas forças militares germânicas. Primeiro foi a Marinha, em seguida o Exército por último a Aeronáutica. Quando o Serviço de Inteligência, as SS, a Gestapo e o Serviço de Segurança do Partido Nazista começaram a utilizar a Enigma, a máquina foi retirada do mercado comercial.
Apesar de serem retiradas do mercado, o GCCS (Government Code Ciphering School ) da Inglaterra conseguiu decifrar algumas mensagens provenientes do modelo comercial, mas rapidamente se deram conta que não podiam decifrar os códigos das Enigmas. No entanto, um grupo de matemáticos poloneses pôde lográ-lo em 1939.
O governo inglês ocultou até 1986 este fato, dando a impressão de que haviam sido eles os que conseguiram romper o código. Quando a verdade foi revelada, soube-se que os poloneses, valendo-se de quatro estações de escuta em Varsóvia, Starogard, Poznan e Krzeslawice, já analisavam o Código Enigma desde 1928. Com a ajuda de vários matemáticos da Universidade de Poznan, estabeleceram as bases para quebrar o código.
Trabalhando junto com os franceses, conseguiram obter uma descrição dos modelos Enigma militares e algumas velhas tabelas de códigos. Em 1933 os poloneses já podiam decifrar mensagens alemãs. Até 1939 tinham lido uma 100 mil mensagens secretas. Este feito foi mantido em absoluto segredo para evitar que o exército alemão modificasse seu sistema.
Surpreendentemente, em setembro de 1938, os alemães mudaram por completo o método utilizado para gerar códigos. Como resposta, os poloneses fabricaram o primeiro “computador mecânico” da história, a chamada “bomba kryptologiczna”, que junto a outro aparato denominado “Ciclômetro” os ajudava a estabelecer padrões em mensagens interceptadas.
Em dado momento, a complexidade da Enigma obrigou os poloneses a utilizar 60 bombas criptológicas e jogos de 60 folhas perfuradas em lugar de 26.Logo em julho de 1939, o Chefe do Estado Maior polonês, Waclaw Stachiewicz, começou a compartilhar os segredos arrancados da Enigma com os serviços de inteligência aliados. Graças a isto, os britânicos puderam ler mensagens alemãs a partir de agosto de 1939.
Basicamente, foi o costume de repetir uma parte da mensagem no início de cada transmissão, o que limitava as possíveis combinações, passando dos 200 quintilhões teóricos a pouco menos de 16 mil combinações práticas.
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