Um grupo de representantes dos Departamentos do Comércio e do Tesouro, bem como o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) planejam introduzir taxas de importação sobre os produtos chineses no valor de dezenas milhões de dólares. O FMI avisou que esses passos podem ter graves consequências para a economia mundial.
Segundo o jornal The Wall Street Journal, a medida será aplicada a partir de 22 de junho, logo que seja aprovada pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O jornal sublinha que a lista dos produtos ainda não está completa, embora informe que é possível que Trump se abstenha de adotar esta medida para não provocar um aumento das tensões entre as duas potências.
Comentando essa decisão, a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, alertou que uma guerra comercial não terá vencedores e levará a "perdedores dos dois lados" e a consequências graves.
"Não devemos subestimar o impacto macroeconômico. Isso será algo sério não apenas se os EUA adotarem essas medidas, mas especialmente se outros países decidirem retaliar, especialmente os que forem mais afetados, como o Canadá, a Europa e a Alemanha", avisou ela.
A China, por sua vez, já reagiu à aprovação pelo presidente dos EUA de quotas de importação de mercadorias chinesas e prometeu uma resposta imediata se as novas tarifas de Trump causarem danos à China.
Em 22 de março, Donald Trump anunciou o projeto de imposição de tarifas sobre mercadorias chinesas, tarifas que podem atingir 60 bilhões de dólares (R$ 228 bilhões).
Em maio, os Estados Unidos e a China concordaram em adotar medidas efetivas para reduzir o déficit comercial dos EUA, o que implicará o aumento da importação de produtos norte-americanos por Pequim.
Entretanto, no fim de maio, a Casa Branca informou que Washington planeja aplicar tarifas de 25% sobre os produtos tecnológicos importados da China, o que aumentaria o risco de uma nova guerra comercial entre os dois países.
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