Não adianta Bolsonaro tentar voltar atrás e desdizer o que disse, porque fica claro na reunião do dia 22 de abril que ele queria interferir nas forças de segurança do Rio para evitar (na linguagem dele) que fodessem sua família e (aqui um detalhe fundamental) seus amigos.
A desculpa de que estaria se referindo ao Gabinete de Segurança Institucional, que é o responsável pela segurança pessoal do presidente e de sua família, não cola, porque o GSI não faz segurança dos amigos do presidente.
A preocupação de Bolsonaro, todos sabemos, é com o caso Flávio Bolsonaro-Queiroz (família e amigos, no caso). Não só porque pega o filho com desvio de dinheiro público, como liga a família a isso, já que dinheiro do esquema foi parar na conta de Michele Bolsonaro, com o famoso caso do cheque de R$ 24 mil.
A seguir, a transcrição do trecho da fala em que Bolsonaro se incrimina e, adiante, o vídeo.
Fica confirmado o que Moro disse: que Bolsonaro queria interferir diretamente na PF do Rio. Prova ainda maior disse é que Bolsonaro passou por cima de Moro e trocou a direção geral da PF e em seguida o superintendente do Rio. É crime.
Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro, oficialmente, e não consegui! E isso acabou. Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meus, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira. [Folha]
Blog do Mello

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