Dois acontecimentos deprimentes aprofundaram hoje a miséria moral e científica dos defensores da cloroquina como “poção mágica” contra a Covid.
Na França, a polícia realizou uma operação de busca e apreensão nos escritório do médico Didier Raoult, o “pai da cloroquina”, para instruir uma ação criminal por negócios praticados por ele na gestão do Institute Méditerranée Infection e o Institut de Recherche pourle Développement, pela “utilização de fundos públicos para despesas não relacionadas com as missões do IRD ou não justificadas”. A ação, não ligada diretamente à cloroquina, surgiu a partir de relatórios de irregularidade feitos pela Agência Francesa Anticorrupção, iniciadas há dois anos, antes da pandemia.
Aqui, o site Metrópoles mostra a tentativa do “gabinete paralelo” de Jair Bolsonaro para a Saúde de tentar impedir o licenciamento de vacinas na Anvisa, em áudios trocados entre o médico Paolo Zanotto e o então assessor presidencial Artur Weintraub, no qual cuidam de criar um grupo que influencie a agência reguladora a reprovar os imunizantes contra a Covid (veja ao final do post).
Zanotto diz que os testes apresentados são falsos, que participou de reunião com alguém da Anvisa para influir pela recusa das vacinas e pede ajuda para formar um “comitê” paralelo para julgar a sua eficácia, sob o comando de um vacinologista – cujo nome não indicou – que convocaria outros segundo suas preferências.
É mais uma prova que houve uma conspiração antivacina organizada dentro do Governo brasileiro, sob o patrocínio do presidente da República e o beneplácito de Eduardo Pazuello.
E que, aparentemente, só não se consumou porque a pressão do governo de São Paulo, trazendo e produzindo uma vacina da China, deixou o governo no impasse de não vacinar e ser atropelado por uma imunização comandada por João Doria.
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