Ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Franciele Fantinato; e o presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM). Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado |
Ex-coordenadora do PNI, Franciele Fantinato ressalta que Ministério ordenou uso de vacinas para primeira dose que ‘depois chegariam mais’
Jornal GGN – O ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, coronel Elcio Franco, determinou a retirada da vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac, do primeiro Programa Nacional de Imunizações (PNI) apresentado pelo então ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello.
A afirmação foi feita pela ex-coordenadora do PNI, Franciele Fantinato, em questionamento feito pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania) durante oitiva à CPI da Pandemia nesta quinta-feira (08/07).
“A Coronavac, que é uma vacina que a gente fosse introduzida desde o começo. Então, a gente também fez manifestação em relação a qualquer vacina que tivesse disponível. Então, nós éramos a favor”, disse Franciele. “Agora, a negociação era na Secretaria Executiva. Então, a gente dependia daquela conversa, daquela discussão – lembrando que o primeiro quantitativo de vacina foi no dia 19 de junho, o que não limitava fornecedor. As únicas condições eram que tivessem resultados satisfatórios e aprovação pela Anvisa”.
Questionada sobre o impacto das manifestações do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre a retirada da Coronavac do programa de vacinação brasileiro sem justificativa, Franciele ressaltou que “pelo Programa Nacional de Imunizações, e pelo cenário epidemiológico que nós temos hoje (…) a vacina está se propondo ao seu objetivo. Então, nesse momento, é importante que a gente tenha as vacinas que estão disponíveis sendo utilizadas. Não houve uma discussão com o Programa Nacional de Imunizações em relação à retirada da vacina Coronavac”.
A vacinação também foi pauta do questionamento de Omar Aziz (PSD), que lembrou quando Pazuello esteve em Manaus, mandando usar todas as vacinas disponíveis para primeira dose ao invés de usar a vacina enviada da forma como foi exigida, que seriam as duas doses enviadas.
“Em relação às dose 2, a cada distribuição do PNI é feito um informe técnico, porque como a gente está trabalhando com as doses fragmentadas, tem que indicar os percentuais que estão sendo enviados de acordo com os denominadores que foram levantados (…) A vacina da Coronavac, lá no começo, nós mandávamos junto a dose 1 e a dose 2 para que a gente garanta o esquema em 28 dias que é o intervalo preconizado”.
Franciele confirmou a comunicação do Ministério, afirmando que houve prejuízos uma vez que não existia estoque de imunizante suficiente, e que o PNI não prejudicou essas pessoas graças à CIB (Comissão Intergestores Bipartite), que forneceu a quantidade faltante para distribuição. “Poderiam ter acontecido sim prejuízos no sentido de que a gente avançou em grupos que não era para ter avançado e pulou grupos às vezes que não completou o esquema de grupos que já tinham iniciado. E a gente não tinha essa dose, a gente não tem essa eficácia de dose 1. Então precisa de fato garantir a dose (…) Até faço apelo para as pessoas que não tomaram a segunda dose que busquem o serviço para tomar a segunda dose”
Veja a íntegra desse comentário no vídeo a seguir
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