Provavelmente por isso todo o movimento social fascista é destrutivo, ele não foi feito para construir nada, mas para esmagar tudo o que odeia, tudo o que enxerga de modo torto pelos filtros odiosos que utiliza.
O fascismo não é só miserável, é a coisa mais antiestética da vida!
por Eduardo Ramos
…O fascismo não é só miserável e perverso, ele é feio, ele é a coisa mais antiestética da vida…
Coisas belas e alegres me fazem celebrar a vida. Sempre! Uma bobagem, como esse vídeo do Glee interpretando “For Once In My Life”, me deixa feliz por horas a fio, me energiza a vida!
Tento descobrir o que me fez tão feliz, e nem preciso raciocinar, usar a razão de modo obcecado, a intuição me traz a resposta em segundos – é o conjunto de signos ali presentes de modo claro, naqueles jovens no palco: espontaneidade, amor, alegria de viver, liberdade de ser, lirismo… Ah, como amei cada um daqueles jovens!
E foi aí que me veio pela milésima vez o insight recorrente, na verdade, bastante óbvio: o fascismo é feio, ele não é apenas bestial, imundo, desumano, canalha, ele é, talvez, a coisa mais pavorosa do mundo, a mais antiestética da vida. O fascismo só pode nascer e ser vivido por pessoas feias como ele, sem beleza alguma na alma, gente frustrada, que odeia a si mesma e se vinga da vida através dele, o fascismo!
Provavelmente por isso todo o movimento social fascista é destrutivo, ele não foi feito para construir nada, mas para esmagar tudo o que odeia, tudo o que enxerga de modo torto pelos filtros odiosos que utiliza. O fascismo filtra para dentro do ser o esgoto e expele a água pura.
Por isso talvez, a Lava Jato tenha sido pródiga em falas e ações feias, só uma sociedade doente podia ver alguma “beleza” ali… Era Moro chamando Lula de “Nine”, tripudiando do inimigo odiado por sua deficiência física, e a sociedade achando “normal”. Era Moro soltando gravações de dona Marisa, uma dona de casa que nada tinha a ver com o processo, apenas para humilhá-la aos olhos de Lula, dos filhos e do Brasil, uma ação feia, covarde, nojenta! E a sociedade achando “normal”. Era o procurador, talvez o mais imundo deles, o tal de Carlos Fernando dos Santos, rindo, se deliciando, o covarde, enquanto falava em entrevista à mídia que “Moro tinha sido muito bonzinho com dona Marisa, que tinha que tê-la conduzido coercitivamente também”. E nossa sociedade, enferma, tomada da feiura do fascismo e da hipocrisia, achando tudo isso “normal”. Era Mantega no hospital cuidando de sua esposa com câncer, já no fim da vida, e as pessoas o ofendendo dentro do hospital, agredindo com palavras torpes e grosseiras, afinal, “o que um petralha fazia em hospital de gente rica…?” – e, tudo isso, a sociedade achava “normal”.
E são tantos os exemplos… médicos ensinando como “mandar dona Marisa abraçar o capeta”, gente comemorando a morte do neto de Lula, procuradores declarando que “o canalha só quer passear” – quando Lula quis ir ao enterro do irmão Vavá, e em cada um dos milhares de incidentes, os que vieram à luz e os que se espalharam, anônimos, pela sociedade brasileira, movida por um ÓDIO e um NOJO nunca vistos, o que vimos foi a malignidade, a desumanidade absoluta e a feiura desse “fascismo à brasileira”, que tomou conta da nação na última década.
De Bolsonaro, o ser bestial por excelência, o genocida, nem vou falar. Os exemplos do que é o bolsonarismo estão aí todos os dias para quem não é cego ou fanático.
NÃO SOMOS ESSE PAÍS! Recuso-me a creditar que sejamos isso. Prefiro crer que é uma doença temporária, fruto da manipulação perversa e odiosa da Globo, da Veja e do restante de nossa grande mídia, e do narcisismo secular e patológico, feio como o fascismo, de nossas elites e classes médias. Vai passar, tem que passar….
Somos o país de Garrincha, Tom Jobim, Jamelão, Lula, Darcy Ribeiro, Caetano, Chico Buarque, Betânia, Drummond, Fernanda Montenegro, quantos milhares de nomes eu poderia citar aqui, representando nossa brasilidade, nossa alegria de viver, nossa arte, nossa BELEZA…?
O fascismo é feio, é covarde, é horrendo!
O amor, a beleza, a arte, o que temos de melhor no nosso povo, nos salvarão dele.
E a luta, é claro!
(eduardo ramos)
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