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| Senador Rogério Carvalho (PT) na CPI do Genocídio | Pedro França/Agência Senado |
"General Heleno comendo o fígado do Lula ao alho poró", disse o empresário que afirma representar a Davati em uma publicação de 2019
Lucas Rocha
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) revelou publicações feitas pelo empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, nas redes sociais que mostram a proximidade com o bolsonarismo. Dominguetti presta depoimento à CPI do Genocídio e tem gerado suspeitas de ser um “cavalo de troia” usado pelo Planalto para atrapalhar a comissão. Ele divulgou um áudio falso contra o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).
“Hoje nos deparamos com um representante de uma empresa que, ao longo dos anos… No ano de 2019, Dominguetti [publicou] ‘general Heleno comendo o fígado do Lula ao alho poró’, depois ‘o esquerdista Ivan Valente, líder do PSOL, vive distorcendo a realidade’. Aqui ele reposta um deputado ligado ao deputado”, discursou Carvalho. “Ele também bota aqui ‘esse é o meu presidente, Jair Bolsonaro'”, agregou.
Carvalho, então, destacou que Luiz Paulo Dominguetti tem vários posts de defesa do presidente Jair Bolsonaro e que o governo brasileiro não precisa de intermediários para comprar vacinas, o que abre dúvidas sobre o suposto negócio. O parlamentar lembrou ainda que a Davati enviou e-mail ao Estado de S. Paulo alegando que o empresário não a representa e que seu nome foi incluído nas negociações pelo governo.
“Hoje a gente vem aqui achando que ele viria denunciar um esquema de propina, mas apresenta um áudio que tenta desqualificar a outra denúncia de propina também ocorrida no Ministério da Saúde. Ao que tudo indica, a entidade que o apresenta é ligada à indústria de armas, ao que tudo indica, o senhor entrou no negócio à pedido [do governo], o senhor é defensor do Bolsonaro. Que papel Vossa Excelência veio cumprir?”, disse o senador.
“Resta evidente, no mínimo, uma suspeição de que esse depoente aqui foi plantado para desqualificar uma das principais linhas de investigação da CPI, apesar de confirmar que houve
Dominguetti gerou suspeitas nos senadores ao divulgar um áudio atribuído ao deputado Luis Miranda (DEM-DF) pelo depoente. O presidente da CPI do Genocídio, Omar Aziz (PSD-AM) logo levantou questionou as “intenções” do cabo da PM de Minas Gerais, que estaria infiltrado por governistas.
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