![]() |
| Marcelo Queiroga (Foto: Myke Sena/MS) |
Na mesma postagem, Queiroga dá dois números totalmente distintos sobre mortes supostamente relacionadas às vacinas contra a Covid: 4 mil e 13
Revista Fórum
4-5 minutos
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi às redes sociais nesta terça-feira (18) para contestar a abordagem de uma matéria da Folha de S. Paulo que repercutiu declaração sua dada em entrevista, onde afirmou que há 4 mil mortes comprovadamente relacionadas às vacinas contra a Covid-19 registradas no Brasil.
Segundo o jornal, o ministro foi questionado sobre o número e, após
resistir, teria dito que “errou” e que o dado que divulgou seria
relacionado a casos sob investigação.
Dados do próprio Ministério da Saúde, no entanto, desmentem o ministro. Boletim epidemiológico publicado em novembro de 2021 dava conta de que havia 11 registros de mortes relacionadas às vacinas contra a Covid.
Mesmo assim, Queiroga resolveu reafirmar o número duvidoso. “A Folha/Uol distorce a realidade e faz jogo de palavras a partir de uma fala minha para desinformar. Para retificar o que foi publicado e não deixar este desserviço aos leitores siga sem correção, esclareço aqui os pontos da fala. Durante a entrevista, eu disse exatamente que ‘há cerca de 4 mil óbitos onde há uma comprovação de uma relação causal com a aplicação da vacina’. A fala está correta. Foram notificados 3.934 óbitos relacionados a vacinação (1,7 mortes por 100 mil doses)”, disparou pelo Twitter.
Na mesma postagem, entretanto, Queiroga deu um número totalmente diferente, criando confusão sobre o tema. “Pelos dados do MS, apenas 13 casos tiveram relação direta comprovada com a vacina contra a COVID-19. Isso tbm está correto. As notificações ocorrem quando há óbitos em até 30 dias após a aplicação das doses por causas similares às detectadas como efeitos adversos da vacinação”, prosseguiu o ministro.
A nova fala, divulgando números totalmente diferentes e sem maiores
explicações, gerou uma série de questionamentos nas redes sociais,
levando o termo “Queiroga Mentiroso” à lista de assuntos mais comentados do Twitter.
“Ministro, se X causou Y (relação causal), então existe uma relação
direta aí. O senhor está se contradizendo nos tweets. Nos 4 mil óbitos
pode haver uma correlação com a vacina, o que é bem diferente de uma
relação causal, que seriam os 13 casos”, escreveu em resposta a
Queiroga, por exemplo, o biólogo Airton Pereira e Silva.
Confira abaixo a repercussão
Ministro, se X causou Y (relação causal), então existe uma relação direta aí. O senhor está se contradizendo nos tweets.

Postar um comentário
-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;