Influenciadora brasileira usava suas redes para extorquir dinheiro e proferir ofensas graves, incluindo racismo e discriminação contra religiões de matriz africana. Ela ostentava uma vida de luxo, mas com dinheiro de origem ilícita. Delegado afirma que as penas somadas podem ultrapassar 30 anos, devido à gravidade das condutas: "As redes sociais não são terra sem lei"


Redação Pragmatismo
pragmatismopolitico.com.br
3–4 minutos
Emma Spinner

A influenciadora digital Emmanuely Silva Resende (31), conhecida como Emma Spinner, foi capturada em Minas Gerais após alerta da Interpol; investigações revelam extorsão, injúrias e ataques religiosos.

A influenciadora foi presa em Betim, na segunda-feira (16), durante uma blitz da Polícia Rodoviária Federal na BR-262. As investigações, iniciadas em junho, mobilizaram 14 escrivães para ouvir 24 vítimas e testemunhas. Emma foi indiciada por mais de 50 crimes, mas apenas 40 foram acatados pelo Ministério Público.

Ela utilizava suas redes sociais para extorquir dinheiro, caluniar e proferir ofensas graves, incluindo racismo e discriminação contra religiões de matriz africana. Segundo a PCMG, as vítimas eram expostas a milhares de pessoas, ampliando os danos psicológicos e financeiros. Apesar de a influenciadora residir nos Estados Unidos, sua prisão foi solicitada após seu retorno ao Brasil.

A influenciadora mantinha vários perfis nas redes sociais, cinco deles removidos a pedido da polícia por determinação judicial. Mesmo com a derrubada das contas, ela continuava os ataques criando novos perfis.

Emma também exigia pagamentos de vítimas para cessar as ofensas. Segundo o delegado Wesley Amaral, responsável pelas investigações, “a prática da extorsão não exige necessariamente a entrega do dinheiro; basta a exigência para que o crime se aperfeiçoe”.

Amaral ressaltou que as penas somadas podem ultrapassar 30 anos, devido à gravidade das condutas. “As redes sociais não são terra sem lei. É possível identificar e responsabilizar quem pratica crimes, mesmo utilizando perfis falsos”, destacou, durante coletiva à imprensa.

A PCMG investiga agora possíveis cúmplices que teriam fornecido informações utilizadas por Emma para ofensas e extorsões. Com a prisão preventiva e a denúncia aceita pela Justiça, o caso avança para a fase processual. A influenciadora foi encaminhada para uma unidade prisional na região metropolitana de Belo Horizonte.

Nas redes sociais, Emma ostentava uma vida de luxo. Suas postagens incluíam cenários envolvendo carros, lanchas e residências milionárias.



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