Victor Nunes
diariodocentrodomundo.com.br
3–4 minutos
Carteira de Trabalho e Previdência Social; Brasil registrou um número recorde de pedidos de demissão em 2024 – Foto: Reprodução
Carteira de Trabalho e Previdência Social; Brasil registrou um número recorde de pedidos de demissão em 2024 – Foto: Reprodução

O Brasil registrou um número recorde de pedidos de demissão em 2024, com quase 8,5 milhões de pessoas deixando seus empregos. O aquecimento da economia e uma mudança no comportamento dos trabalhadores ajudam a explicar esse fenômeno.

O setor de bares e restaurantes é um dos mais impactados pela dificuldade em contratar e manter funcionários. A exigência de horários fixos e trabalho nos fins de semana torna essas vagas menos atrativas, especialmente em um mercado com ampla oferta de oportunidades.

Setor de bares e restaurantes é um dos mais impactados pela dificuldade em contratar e manter funcionários no Brasil – Foto: Reprodução
Setor de bares e restaurantes é um dos mais impactados pela dificuldade em contratar e manter funcionários no Brasil – Foto: Reprodução

A alta rotatividade, porém, não está limitada ao setor de serviços. Diversas áreas da economia relatam dificuldades semelhantes, com muitos trabalhadores optando por trocar de emprego em busca de melhores condições ou novos desafios.

Para Gustavo Silva de Jesus, garçom, mudar de emprego frequentemente se tornou algo comum. “Nos últimos anos, eu troquei de emprego variando de 1 a 2 anos, no máximo. No último, fiquei dois anos, esse aqui estou há sete meses. Mas sempre foi questão de ‘estou gostando, fico’, senão saio”, disse durante entrevista a Globo.

Opinião dos especialistas

Economistas apontam que a entrada de uma geração mais jovem no mercado de trabalho é outro fator que contribui para o aumento dos pedidos de demissão. “Os jovens buscam qualidade de vida e estão dispostos a mudar de emprego sem problemas, diferente das gerações anteriores que priorizavam uma carreira longa em uma única empresa”, afirma Bruno Imaizumi, economista da LCA.

Karina Cruz, recém-contratada no setor jurídico de uma construtora, exemplifica essa dinâmica. Ela deixou seu emprego anterior em busca de um cargo que atendesse melhor às suas expectativas. “Eu gostaria de ter essa recolocação dentro da companhia onde eu estava, porém não houve essa possibilidade, e busquei no mercado. Todo o processo seletivo até ser contratada durou cerca de dois meses”, explicou.

Para empresas como a construtora onde Karina trabalha, reter talentos se tornou um desafio estratégico. “É uma necessidade de mercado. Se as empresas não se adaptarem em programas de retenção de talentos, vão enfrentar essa rotatividade constante”, disse Jonata Tribioli, diretor de operações.



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