Cerca de 47 mil pessoas participaram da manifestação pelo Dia Internacional dos Direitos da Mulher neste sábado (8), em Paris. O protesto foi organizado por coletivos e sindicatos feministas e saiu da praça da República em marcha até a praça da Nação.
rfi.fr
Por: RFI
3–4 minutos
Apesar do número de 47 mil participantes, informado pela polícia francesa, as organizadoras do dia de mobilização disseram que cerca de 120 mil pessoas estiveram presentes só na capital, Paris, um total de 250 mil na França. O objetivo das manifestações, cerca de 150 em todo o país, foi denunciar as desigualdades salariais entre mulheres e homens, os feminicídios e os “discursos masculinistas”, entre outras reivindicações.
As manifestantes do coletivo feminista Femen participaram da marcha simulando um exército. Levando, pintadas no peito, as bandeiras dos Estados Unidos, da Europa e da Rússia, suásticas e a frase "Epidemia fascista", elas marcharam reproduzindo o gesto nazista, com o braço direito estendido e gritando: "Heil Donald Trump", "Heil Marine Le Pen" e "Heil Elon Musk", entre outros nomes da extrema direita mundial. Os gritos foram acompanhados de pedidos por uma "Europa feminista e não fascista".
Na capital, a Torre Eiffel exibe à noite uma mensagem de apoio – em francês, inglês, farsi e árabe – às mulheres afegãs.
“Greve feminista”
Para além do contexto ligado às tensões políticas e à situação internacional, a redução das disparidades de salários entre mulheres e homens continua no topo das exigências.
O salário médio das mulheres no setor privado ainda era 22,2% inferior ao dos homens em 2023, segundo o INSEE - Instituto Nacional francês de Estudos e Estatística. Esta diferença, que foi reduzida em um terço desde 1995, é parcialmente explicada por um menor volume de trabalho. Para a mesma jornada de trabalho, o salário médio das mulheres continua 14,2% menor, segundo o órgão.
Diante estas desigualdades salariais persistentes, o Tribunal de Contas francês estimou num relatório publicado em janeiro que o Ministério do Trabalho deveria “estar mais envolvido” na valorização das profissões predominantemente femininas, como exigem as associações.
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