Aportes foram dedicados a ações estratégicas para fortalecer a infraestrutura de pesquisa, fomentar a inovação e ampliar a capacidade científica nacional

O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) informou, em balanço publicado nesta última semana do ano que, em 2025, R$ 2 bilhões foram aportados em investimentos, incluindo editais, chamadas públicas e outras ações estratégicas.
De acordo com o MCTI, tais aportes tiveram como meta “fortalecer a infraestrutura de pesquisa, fomentar a inovação e ampliar a capacidade científica nacional”, a fim de fazer o Brasil avançar na construção de sua soberania tecnológica e no uso da inteligência artificial (IA), entre outros pontos, levando em conta os interesses nacionais e o combate às desigualdades.
“Soberania tecnológica não é um conceito abstrato. Ela se constrói com investimento contínuo, com políticas bem desenhadas e com gente qualificada trabalhando para que o Brasil não dependa de soluções externas em áreas estratégicas”, explicou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
Em 2025, completou a ministra, “demos passos decisivos para estruturar essa autonomia, do incentivo à indústria de TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) à inteligência artificial, passando pela supercomputação e pelos semicondutores”.
Divisão de recursos
Uma das frentes que mais recebeu recursos foram os editais do Pró-Infra (Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Infraestrutura), cujos aportes somaram R$ 1 bilhão, focados, sobretudo, na expansão e na criação de centros temático.
O Pró-Infra é um conjunto de iniciativas voltadas a fomentar a infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica, modernizar laboratórios, adquirir equipamentos e apoiar centros temáticos. Conforme o MCTI, o objetivo é “reduzir assimetrias regionais e aumentar a inovação e a soberania tecnológica do país”.
Desse total, R$ 500 milhões foram para o Pró-Infra Expansão, destinado à ampliação de infraestrutura de pesquisa em universidades e institutos de ciência e tecnologia ( ICTs ), incluindo aquisição de equipamentos, elaboração de projetos de engenharia e execução de obras complexas.
Outros R$ 500 milhões foram dedicados ao Pró-Infra Centros Temáticos, voltado à criação e modernização de estruturas científicas em seis áreas: agroindústria sustentável, saúde, mobilidade urbana, transformação digital, bioeconomia/transição energética e tecnologias para soberania e defesa.
IA e soberania digital
Questões-chave para o desenvolvimento autônomo do Brasil nas próximas décadas, as áreas de inteligência artificial (IA) e soberania digital também estiveram no foco das ações.
Neste sentido, uma das principais ações foi a consolidação do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (Pbia), que destinou R$ 92,8 milhões para oito institutos nacionais de ciência e tecnologia.
Os investimentos, segundo o MCTI, priorizaram aplicações de inteligência (IA) em áreas estratégicas, como saúde, educação, governo digital e segurança de dados, além do desenvolvimento do modelo brasileiro de linguagem SoberanIA , treinado em português.
Cabe salientar ainda que, conforme levantamento do ministério, neste ano R$ 267 milhões foram investidos em projetos estratégicos de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), um crescimento de 116% no fomento em relação a 2024.
Popularização e apoio aos cientistas
De acordo com o balanço, também foi prioridade para a pasta em 2025 a popularização da ciência, frente que recebeu R$ 60 milhões para iniciativas como feiras, olimpíadas científicas e ações educativas. Também foram financiadas ações de tecnologia assistiva, inclusão de meninas e mulheres na ciência e recuperação de acervos, “reforçando a ciência como instrumento de cidadania e acesso democratizado ao conhecimento”, informa o ministério.
Outras duas frentes tidas como centrais foram o programa Repatriar e Fixar Talentos, um esforço de recompor o quadro científico brasileiro e combater a chamada “fuga de cérebros”. Segundo o MCTI, a iniciativa prevê R$ 200 milhões anuais, totalizando R$ 1 bilhão em cinco anos. Até o momento, mais de 2,5 mil cientistas manifestaram interesse em retornar ao País, com 599 aprovados e 248 aptos a serem convocados.
Ainda conforme o balanço, ao longo do ano o MCTI também voltou-se para a ampliação de políticas de formação profissional, com o objetivo de “apresentar uma resposta robusta para demandas crescentes em tecnologias digitais, hardware, segurança cibernética e inclusão educacional”.
Com agências
Publicado originalmente por: Portal Vermelho
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