É muito curioso como as análises em torno da sucessão na prefeitura de São Paulo se desenvolvem.
Todos estão na “boca de espera”, e Serra só dela saiu porque o processo de prévias do PSDB – marcadas originalmente para acontecerem domingo passado – o obrigou a isso.
As possíveis candidaturas próprias de partidos da base do Governo e até mesmo o conflito interno do PSB, a cooptações feitas pelo Governo Alckmin não tem nenhum significado definitivo.
Todos, de todos os lados, só têm uma preocupação de fato.
É se – e quando – Lula vai se recuperar para fazer a campanha de Fernando Haddad.
Ainda não se deram conta que, hoje, campanha eleitoral se dá em cima de dois fatores, essencialmente, e fatores que vivem em simbiose.
Emoção e televisão.
As pesquisas eleitorais não têm, hoje, significação alguma, exceto a de marcar os limites muito nítidos de aceitação automática e rejeição absoluta a José Serra. Cada um deles tem um terço do eleitorado.
O terço restante, é obvio, tem pleno conhecimento de Serra e pouca inclinação a votar nele.
É este terço o alvo de Lula.
Imaginar que o eleitorado não vá saber quem é seu candidato e não vá considerar sua indicação é uma rematada tolice.
Em 1946, sem televisão, com o rádio ainda precário e os jornais com circulação muito mais limitada que hoje, Getúlio Vargas só deu seu apoio expresso à candidatura Eurico Gaspar Dutra contra o favorito Brigadeiro Eduardo Gomes a menos de um mês da eleição, e por uma carta em que recomendava o voto.
Foi o famoso “ele disse”.
Com o qual Dutra venceu, é verdade que para, como já ensaiava, seguir uma política ao avesso da varguista.
Mas venceu.
E, convenhamos, Serra não é, como o Brigadeiro, nem heroi do Forte, nem bonito, nem solteiro.
Com o devido perdão de D. Cláudia pelo trocadilho, é claro.
Do Blog TIJOLAÇO
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