Em Parnaíba (PI), onde foi batizar uma escola com seu próprio nome, diante de uma claque convocada pelo prefeito Mão Santa (que já foi cassado por abuso de poder econômico e responde a processo por peculato), Jair Bolsonaro voltou dizer que vai “varrer” para fora do Brasil que for de esquerda:

— O Mão Santa me disse agora há pouco que nós vamos acabar com o cocô no Brasil. O cocô é essa raça de corruptos e comunistas. Nas próximas eleições vamos varrer essa turma vermelha do Brasil. Já que na Venezuela está bom, vou mandar essa cambada para lá. Quem quiser um pouco mais para o norte, vai até Cuba, lá deve ser muito bom também.

Repetiu, também, os ataques à decisão do povo argentino nas eleições de domingo, nas quais deu a vitória à oposição:

— Olhem o que está acontecendo na Argentina agora. A Argentina está mergulhando no caos. A Argentina começa a trilhar o rumo da Venezuela, porque nas primárias bandidos de esquerda começaram a voltar ao poder.

Maurício Macri, que hoje cedo foi à TV desculpar-se por ter reclamado dos eleitores e reconhecer que sua política econômica exigiu sacrifícios demais dos argentinos, deve estar de calo em pé com o estrago que lhe vai fazer mais esta declaração de Bolsonaro.

Escrevam aí: logo vamos ter a cena insólita de Macri pedindo que o presidente brasileiro não se meta na disputa eleitoral argentina.

Ao contrário do que acontece aqui, a maior parte do conservadorismo argentino é civilizado e não se cala, como os nossos, com ameaças deste tipo, nem aceita que as pessoas, como nas ditaduras, sejam forçadas ao exílio por suas opiniões políticas


TIJOLAÇO

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