Foto da Agência Brasil mostra Eduardo Bolsonaro com boné da campanha de Trump 2020

Bolsonaro chegou à presidência em razão das fakes news distribuídas com Caixa 2 eleitoral. Óbvio que ele ia vetar proposta que endurece penas para quem compartilhar fakes para favorecer candidatos. É questão de sobrevivência política. Mas, ontem, nós derrubamos o veto no Congresso. Érika Kokay (PT-DF), deputada federal

Da Redação

O deputado que espera se tornar embaixador do Brasil nos Estados Unidos surtou com a derrubada do veto de seu pai, Jair Bolsonaro, a trecho da lei que criminaliza a propagação de fake news.

Eduardo publicou até agora quatro mensagens sobre o assunto no tweeter.

Em duas delas, atacou o colega Kim Kataguiri (DEM-SP):

Derrubado o veto da lei que pune com 2 a 8 anos de prisão quem divulgar fake news. Parabéns dep. Kim Kataguiri (DEM-SP) por ter viabilizado esse instrumento que vai calar exatamente aqueles que não divulgam fake news. A esquerda comemorou no plenário, será por quê?A pena para quem divulgar fake news é o dobro da pena para quem comete um homicídio culposo. Além disso, o que é fake news? Sabemos que nossos inimigo não tem caráter e mesmo falando a verdade eles nos processarão dizendo que estamos divulgando fake news.

Kataguiri rebateu Bolsonaro dizendo que ele é “deputado fantasma”, que não lê o que vota.

“Se era contra, por que não participou do debate? Por que não foi virar votos a favor do veto? Férias pré-embaixada?” respondeu o demo.

Seguiu atacando: “Deputados fantasmas, como Eduardo Bolsonaro, que colocam a digital no plenário e vão embora, olham para o painel, seguem a liderança do partido e só sabem o que votaram depois de votar. Prática de deputado mimado e irresponsável”.

A derrubada do veto também foi criticada pelo vereador Carlos Bolsonaro, que organizou a campanha do pai nas redes sociais.

“Quem ditará o que é fakenews ou não? Já sabemos! A liberdade de expressão sendo cerceada sob pretexto de palavras bonitas. Brasil virando Venezuela!”, ele escreveu.

Um dos apoiadores de Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro, o empresário Paulo Marinho, admitiu que disparos de apoio ao candidato foram feitos de sua casa durante a campanha de 2018.

Marinho afirmou que não elaborava as mensagens, que elas eram trazidas de fora e disseminadas em grupos, inclusive fake news.

Em entrevista ao Roda Vida, o ex-ator pornô Alexandre Frota (PSDB-SP) também disse ter testemunhado a disseminação de notícias falsas de apoio a Bolsonaro.

Frota ajudou a eleger Bolsonaro mas foi expulso do PSL por fazer críticas ao governo e à indicação de Eduardo Bolsonaro para embaixador em Washington.

A partir de uma auditoria de 2 mil perfis, o Fake Followers Audit estimou que 60% dos seguidores de Jair Bolsonaro no twitter são robos, utilizados para replicar e massificar as mensagens favoráveis ao presidente.

Veto presidencial sobre notícias falsas é derrubado no Congresso

Alcolumbre anunciou instalação da CPMI das Fake News

Por Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil Brasília

O Congresso Nacional derrubou na noite de hoje (28) o veto de Jair Bolsonaro a penas mais duras para quem propaga notícias falsas, as chamadas fake news, nas eleições.

O veto ocorreu em junho, quando a Lei 13.834/2019, que atualiza o Código Eleitoral, chegou à mesa do presidente da República.

Com a derrubada do veto, a pena para quem divulgar notícias falsas com objetivo eleitoral é de dois a oito anos de reclusão.

A pena só será aplicada quando estiver comprovado que o acusado sabia da inocência do alvo da notícia falsa propagada.

Em seu veto, Bolsonaro havia argumentado que a nova pena “viola o princípio da proporcionalidade entre o tipo penal descrito e a pena cominada”.

O veto de Bolsonaro foi derrubado por 326 deputados e 48 senadores.

CPMI das fake news

O presidente do Congresso, o senador Davi Alcolumbre, anunciou a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a propagação de notícias falsas.

Alcolumbre fez o anúncio em sua conta no Twitter, enquanto comandava a sessão do Congresso durante o dia de hoje (28).

“Na sessão do Congresso Nacional, anunciei a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a investigar notícias falsas, conhecidas como fake news, para a próxima semana.

Será composta por 15 senadores e 15 deputados, e o mesmo número de membros suplentes”, disse Alcolumbre.

Na sessão do Congresso do dia 3 de julho ele havia lido o requerimento, de autoria do deputado Alexandre Leite (DEM-SP).



Viomundo

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