Corbyn enxerga na crise em torno do Brexit uma chance de chamar novas eleições e conseguir os votos necessários para se eleger.


Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista. Foto: Reprodução.

Da redação – A situação da Inglaterra e do Brexit ganham novos capítulos, agora o líder do Labour Party, Jeremy Corbyn, sugere que o primeiro-ministro Boris Johnson peça demissão do cargo, uma vez que, segundo o trabalhista, Johnson “enganou o país”.

No discurso que estava previsto para acontecer somente no último dia da conferência anual do partido de Corbyn, ele afirmou ainda que: “O mais alto tribunal decidiu que Boris Johnson violou a lei quando suspendeu o Parlamento, tentou cortar o debate democrático, tentou, mas falhou.Não vai nunca silenciar a nossa democracia ou do povo. O povo falará. Amanhã o Parlamento regressará. O governo vai ser responsabilizado pelo que fez. Boris Johnson enganou o país. Este primeiro-ministro não eleito deve demitir-se”.

A fala do líder do Labour se deu a partir da decisão da Suprema Corte britânica, a qual considera ilegal o pedido de suspensão do Parlamento que o primeiro-ministro Boris Johnson fez à Rainha da Inglaterra. Corbyn enxerga nessa situação sua chance de chamar novas eleições e acabar conseguindo os votos necessários para se eleger, tendo em vista que um inquérito do YouGov, realizado nos dias 19 e 20 de setembro, dão 23% das intenções de votos para ele, ficando atrás apenas de Johnson, que se coloca com 30% das intenções.

Ainda segundo Corbyn “essas eleições devem acontecer o mais rapidamente possível”, já que, para ele, o Brexit sem um acordo é algo impensável de se acontecer, além de afirmar que um dos objetivos de Boris Johnson é vender o Reino Unido para Trump. Assim, o líder trabalhista afirma que somente seu partido é capaz de proporcionar um referendo sobre o Brexit, se comprometendo a respeitar os resultados, o que é uma capitulação uma vez que o povo já decidiu pela saída do país da União Europeia.






Diário Causa Operária

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