POR FERNANDO BRITO


Há mais coisas entre a Barra da Tijuca e o planalto brasiliense do que supõe a nossa vã filosofia.

Maria Cristina Fernandes, hoje, no Valor, ao analisar os desdobramentos das ações policiais na política (leia o artigo completo aqui), dá uma informação relevantíssima para quem quiser entender caldeirão de pressões, segredos e chantagens em que estamos mergulhados:

A linha dura na segurança pública coloca Doria em concorrência direta com Witzel pela raia bolsonarista. Além de exibir uma letalidade policial que é o dobro da de São Paulo, o governador do Rio tem armas inexistentes no arsenal paulista. Quando deixaram o comando da segurança pública no Rio, em dezembro de 2018, os militares levaram para o Centro de Informações do Exército todos os arquivos que diziam respeito à atuação de sua tropa e entregaram para o governador eleito as informações relativas às policias estaduais e às milícias por elas controladas. Foi assim que Witzel colocou algumas braçadas à frente de Doria. Sua polícia não apenas é a que mata mais como também é guardiã do mais disputado acervo da República. Aquele que conta a história de como o descontrole do poder armado deu asas ao maior fenômeno da direita na história nacional.

Fernandes é profissional extremamente séria e não estaria dizendo isso sem ter boas fontes.

A briga entre Witzel e Bolsonaro talvez se explique por aí. O juiz-fuzileiro, para atacar o capitão-artilheiro deve, de fato, ter munição de grosso calibre.

Da mesma forma, o interesse em retirar o caso Marielle da polícia estadual e entregá-lo a pessoas “de confiança” na Polícia Federal pode se explicar por este acervo de informações.

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