POR FERNANDO BRITO · 09/12/2019
Não é surpresa porque segue assim desde o período pré-eleitoral.
Mas continua inacreditável que a parcela mais rica da população – e nem cabe tanto assim chamar de ricas famílias com renda de R$ 5 mil e R$ 10 mil, embora sejam 12% do total – não apenas mantenha como até aumente seu conceito positivo sobre Jair Bolsonaro, como indica o Datafolha.
Para quase metade deles (44%) é ótimo ou bom o seu conceito sobre um governo que nada lhes deu, exceto, talvez, o prazer sádico de extravasar seu ódio aos pobres e aos excluídos em geral.
Os seus monocórdios discursos, antolhados ora em segurança, ora em corrupção estão aí, há anos sendo contrariados pelos fatos, a promessa de retomada econômica já nem mais é levada a sério por quem tem juízo e o país se degrada, aqui dentro e aos olhos do mundo.
Fossem apenas eles, seria lamentável, mas não perigoso, porque representam uma parcela minúscula (exceto em renda, porque, diz a ONU, 42% dela ficam com os 10% mais ricos do país), mas convém lembrar que os padrões da ambicionada classe média não são apenas bens e marcas, mas opiniões que tendem a ser reproduzidas e imitadas entre os mais pobres.
São números como este que fizeram dizer-se aqui que Jair Bolsonaro segue sendo o “Senhor da Direita“, que mantém a porteira fechada para que os grupos que aspiram o seu lugar permaneçam presoa a uma armadilha – construída por eles próprios – que não lhes permite sair do curral do “Mito”.

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