Revelação do MP de que o clã Bolsonaro está envolvido em nepotismo, contratação de funcionários-fantasma, desvio de salários e lavagem de dinheiro no esquema das rachadinhas cria uma situação delicadíssima para o ministro Sérgio Moro, que se vende como paladino da moralidade; após o dia de hoje, moral e governo Bolsonaro se tornam incompatíveis


(Foto: Adriano Machado/Reuters)

247 - A operação do Ministério Público do Rio contra o senador Flávio Bolsonaro, o PM aposentado Fabrício Queiroz e outros ex-assessores do filho de Jair Bolsonaro coloca o ministro da Justiça e ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, em uma situação constrangedora no governo.

Moro ingressou no governo Bolsonaro na condição de paladino da moralidade e agora se vê diante de um escândalo de corrupção que envolve o clã presidencial. Até às 23h desta quarta-feira, o ex-juiz da Lava Jato ainda não tinha se manifestado sobre a operação do MP-RJ.

A investigação da suspeita de que havia a "rachadinha", um esquema de repartição de salários, no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj começou há quase 2 anos. O filho de Bolsonaro foi deputado estadual por quatro mandatos.

Segundo os procuradores do MP do Rio, o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz recebeu mais de R$ 2 milhões na rachadinha em 483 depósitos feitos por 13 assessores ligados a Flávio Bolsonaro.

A operação do MP mira também familiares da ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, que foram empregados no gabinete de Flávio.

Durante todo o dia Jair Bolsonaro evitou a imprensa e recebeu o filho Flávio Bolsonaro no Palácio da Alvorada nesta quarta-feira (18).

Após a operação desta quarta-feira, moral e governo Bolsonaro se tornam incompatíveis.



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