Ex-diretor do Inpe foi exonerado do cargo em agosto após conflitos com o presidente Jair Bolsonaro sobre desmatamento na Amazônia
REDAÇÃO GALILEU
Ricardo Galvão, ex-diretor do Inpe (Foto: Divulgação/Inpe)
Galvão ganhou os holofotes este ano após ser exonerado do cargo de diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em agosto. O fato aconteceu após embates públicos com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, sobre o desmatamento na Amazônia. Relatórios do Inpe apontam que o desmatamento aumentou significativamente este ano, mas o governo questionou os dados.
Em entrevista ao Globo, Ricardo Galvão disse que um dos motivos para ter sido escolhido pela Nature é o fato de ele ter defendido a ciência, mesmo diante de movimentos negacionistas que vêm ganhando espaço, inclusive entre governos.
A carreira de Ricardo Galvão
O cientista não merece ser reconhecido apenas por estar na lista dos “Nature's 10” deste ano. Sua carreira justifica por que ele é um dos profissionais da ciência mais respeitáveis do país.Galvão foi nomeado diretor do Inpe em 2016, pelo então ministro Gilberto Kassab, da pasta de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Ele é formado em engenharia de telecomunicações pela Universidade Federal Fluminens, tem mestrado em engenharia elétrica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutorado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.
Além de ser membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e do Conselho da Sociedade Europeia de Física, também é livre-docente em Física Experimental pela Universidade de São Paulo (USP).
O especialista já recebeu premiações pelo Centro Internacional de Física Teórica de Trieste, na Itália, por suas contribuições teóricas em equilíbrio e estabilidade magneto-hidrodinâmica, modos resistivos e interação de laser com a matéria. Ele também recebeu, em 2015, a medalha Carneiro Felippe, destinada a premiar brasileiros ilustres que contribuíram para o desenvolvimento das aplicações pacíficas da energia nuclear no país.
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