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POR MOISÉS MENDES

Ricardo Salles só demitiu a servidora de carreira Marisa Zerbetto da Coordenação-Geral de Avaliação e Controle de Substâncias Químicas porque sabe que não acontecerá nada.


Marisa conspirava contra a liberação geral de venenos para a lavoura. Como o bolsonarismo aparelhou o Estado, a limpeza continua. E só continua porque os colegas de Marisa ficarão quietos. A maioria ficará.

Ficam quietos diante dos desmandos do ministro analfabeto que aparelhou o Ministério da Educação, ficam quietos na área da segurança ocupada pela turma de Sergio Moro, ficam quietos na pasta dos direitos humanos de Damares.

Servidor público de carreira é funcionário de Estado, não é servidor de Bolsonaro. Por que a extrema direita vai se apoderando da estrutura de áreas decisivas do setor público e não acontece nada?

O que há hoje no serviço público que não existiu nem na ditadura, quando os rebeldes foram cassados e condenados a viver na penúria, mas seus colegas continuaram resistindo e sendo cassados?

A demissão de Marisa Zerbetto é resultado dessa apatia, da mesma resignação com que foi tratada a demissão de Ricardo Galvão do Inpe, enquanto índios são mortos, a Amazônia é devastada e as lavouras, os rios e os alimentos são envenenados.

O bolsonarismo conseguiu calar o serviço público.


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