Miguel Díaz-Canel reagiu à repercussão dos atos ocorridos na ilha que foram propagados pela mídia liberal e denunciou as dificuldades pelo aumento do bloqueio. "Ditadura que criou vacina porque sabíamos que ninguém nos venderia. Que Ditadura estranha".


Plinio Teodoro

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermudez, foi às ruas e fez um pronunciamento na TV neste domingo (11) após atos de grupos, que ele classificou como “contra-revolucionários”, ganharem destaque na mídia liberal.

“Se queres fazer um gesto com Cuba, se queres realmente preocupar-te com o povo, se queres resolver os problemas de Cuba: acabem com o bloqueio e vejamos como jogamos. Porque não o faz? Por que não têm coragem de abrir o bloqueio? Que fundamento legal e moral sustenta que um governo estrangeiro possa aplicar essa política a um país pequeno e em meio a situações tão adversas? Isso não é genocídio?”, disse o presidente cubano, mirando os EUA.

Díaz-Canel afirma que a situação de Cuba piorou desde 2019 por causa do aumento do embargo decretado à época pelo então presidente dos EUA, Donald Trump, que inclui “a perseguição financeira e energética, com o objetivo de sufocar a economia do nosso país”.

“E nos últimos dias desse governo se decidiu incluir Cuba na lista dos países patrocinadores do terrorismo. Uma lista totalmente espúria, uma lista ilegítima e unilateral, que os Estados Unidos assumem a graça de acreditar que são a potência que domina o mundo, que são os imperadores deste mundo”, disse o presidente em seu discurso.

O mandatário cubano, que sucedeu Raul Castro na Presidência, ressaltou ainda que foi elaborado um plano para desacreditar as brigadas médicas cubanas, que servem como forma de angariar recursos para a ilha, o que aprofundou a escassez, uma das bandeiras dos manifestantes.

“Teve limitação de combustível, limitação de peças de reposição, e tudo isso gerou insatisfações, aumentou os problemas acumulados, que não conseguimos resolver. E tudo mais a isso se juntou uma feroz campanha midiática de descrédito como parte da chamada guerra não convencional, que tenta, por um lado, romper a unidade entre o Partido, o Governo, o Estado e o povo, que tenta colocar o Governo como insuficiente, incapaz de proporcionar bem-estar ao povo cubano e que pretende elevar o governo dos EUA”, afirmou.


Ditadura
Diaz-Canel ainda se pronunciou sobre o destaque dado pela mídia, de que os manifestantes se levantaram com a “ditadura” cubana.

“Uma ditadura que se preocupa em dar Saúde a toda a sua população, que busca o bem-estar de todos, que em meio a essa situação é capaz de realizar políticas públicas, que quer ser vacinado com uma vacina cubana, porque sabíamos que ninguém nos venderia, porque não tínhamos dinheiro para comprá-la. Que ditadura estranha”, ironizou.

“Acredito que a vida, a história, os factos mostram o que está por trás de tudo isto, que é sufocar-nos e acabar com a Revolução, e para isso procuram desencorajar o nosso povo, confundir o nosso povo. E quando as pessoas estão em condições severas, acontecem eventos como os que vivemos em San Antonio de los Baños”, disse sobre o local onde foram feitas fotos das manifestações que ganharam a mídia mundial

“Quem formou esse grupo? Foi formado por pessoas da aldeia, que têm necessidades, que estão vivenciando parte dessas deficiências; Era formado por revolucionários confusos ou que não têm todos os argumentos, ou que também estão expressando essas insatisfações, mas o fizeram de forma diferente, porque buscavam argumentos, explicações”, afirmou.


Assista ao pronunciamento do presidente cubano








revistaforum.com.br


Comentário(s)

-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;

Postagem Anterior Próxima Postagem

ads

ads