"PORRA!"
Brasil de Fato | São Paulo (SP)
Após a divulgação da gravação de uma reunião ministerial do dia 22 de abril em que o presidente admite a intenção de interferir na autonomia da Polícia Federal, Jair Bolsonaro discursou por quase uma hora na saída do Palácio do Planalto.
Durante a fala informal, ele tratou como "naturais" as mortes causadas pela pandemia do novo coronavírus no Brasil e negou a responsabilidade do governo federal sobre medidas preventivas com frases como "o estado não pode cuidar de todo mundo".
"Lamento as mortes, mas é a realidade. Todo mundo vai morrer aqui. Não vai sobrar nenhum aqui. (...) E se morrer no meio do campo, urubu vai comer ainda".
"Pra que levar o terror junto ao povo? Todo mundo vai morrer. Quem tiver uma idade avançada e for fraco, se contrair o vírus, vai ter dificuldade. Quem tem doenças, comorbidades, também vai ter dificuldades. Esse pessoal que tem que ser isolado pela família, o Estado não tem como zelar por todo mundo, não", disse, em outro trecho..
O presidente voltou a repetir termos como "gripezinha" e "neurose" e pediu que a população "encare o vírus como uma realidade".
"Ninguém está zombando com mortes não. É a realidade. Agora pouco ligou um colega do Rio de Janeiro: 'minha mãe acabou de falecer'. É a nossa vida. Daqui a pouco é natural, né, a minha mãe de 93 anos vai embora. É a vida. É a vida, porra. Não façam teatro em cima disso."
Segundo o presidente, governadores e prefeitos que adotaram o isolamento social para evitar o crescimento rápido dos contágios "têm que ter coragem de voltar atrás". Ele disse que são "raros os lugares no país" onde há falta de respiradores ou leitos de UTI: "os que tão morrendo, não há como evitar a morte deles".
Bolsonaro citou ainda um suposto estudo francês que teria constatado que 86% dos contágios ocorrem dentro de casa, disse conhecer pequenas casas de periferia compartilhadas por muitas pessoas: "Se você obriga todo mundo a ficar em casa, um só contaminado contamina a mais sete"
Edição: Rodrigo Chagas
Brasil de Fato
Presidente fez discurso informal, disse que "o Estado não tem como zelar por todo mundo" e pediu volta ao trabalho
RedaçãoBrasil de Fato | São Paulo (SP)
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Presidente voltou a atacar a imprensa e repetiu afirmações de discursos anteriores sobre seu governo e sua família - Reprodução/Facebook
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Após a divulgação da gravação de uma reunião ministerial do dia 22 de abril em que o presidente admite a intenção de interferir na autonomia da Polícia Federal, Jair Bolsonaro discursou por quase uma hora na saída do Palácio do Planalto.
Durante a fala informal, ele tratou como "naturais" as mortes causadas pela pandemia do novo coronavírus no Brasil e negou a responsabilidade do governo federal sobre medidas preventivas com frases como "o estado não pode cuidar de todo mundo".
"Lamento as mortes, mas é a realidade. Todo mundo vai morrer aqui. Não vai sobrar nenhum aqui. (...) E se morrer no meio do campo, urubu vai comer ainda".
"Pra que levar o terror junto ao povo? Todo mundo vai morrer. Quem tiver uma idade avançada e for fraco, se contrair o vírus, vai ter dificuldade. Quem tem doenças, comorbidades, também vai ter dificuldades. Esse pessoal que tem que ser isolado pela família, o Estado não tem como zelar por todo mundo, não", disse, em outro trecho..
O presidente voltou a repetir termos como "gripezinha" e "neurose" e pediu que a população "encare o vírus como uma realidade".
"Ninguém está zombando com mortes não. É a realidade. Agora pouco ligou um colega do Rio de Janeiro: 'minha mãe acabou de falecer'. É a nossa vida. Daqui a pouco é natural, né, a minha mãe de 93 anos vai embora. É a vida. É a vida, porra. Não façam teatro em cima disso."
Segundo o presidente, governadores e prefeitos que adotaram o isolamento social para evitar o crescimento rápido dos contágios "têm que ter coragem de voltar atrás". Ele disse que são "raros os lugares no país" onde há falta de respiradores ou leitos de UTI: "os que tão morrendo, não há como evitar a morte deles".
Bolsonaro citou ainda um suposto estudo francês que teria constatado que 86% dos contágios ocorrem dentro de casa, disse conhecer pequenas casas de periferia compartilhadas por muitas pessoas: "Se você obriga todo mundo a ficar em casa, um só contaminado contamina a mais sete"
Edição: Rodrigo Chagas
Brasil de Fato

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