Afirmações erradas, palpites grosseiros e apostas fracassadas. As declarações de Bolsonaro sobre sua doença e sobre o tratamento foram uma rara coletânea de chutes. A fala sobre a hidroxicloroquina foi o destaque, uma vez que nada do que Bolsonaro disse sobre a droga foi sequer comprovado

(Foto: Reuters)
Paciente com coronavírus em hospital em São Paulo e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

247 - Ao anunciar a própria infecção por covid-19, Bolsonaro produziu a maior sequência até aqui de afirmações equivocadas e mentirosas sobre a pandemia e sobre as drogas que poderiam ser usadas para tratamento.

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo fez uma compilação com as declarações de Bolsonaro com as devidas checagens das agências fact-checking.

Veja abaixo a checagem de duas falas de Bolsonaro:

“Se não tivesse feito o exame e tivesse tomado a hidroxicloroquina como preventivo, como muita gente faz, eu estaria trabalhando até...obviamente poderia estar contaminando gente, essa foi a minha preocupação de buscar fazer o exame na própria segunda feira para evitar o contágio de terceiros.”

De acordo com um dos maiores estudos sobre a eficácia do uso de hidroxicloroquina, não é possível afirmar que o fármaco impede o agravamento do quadro clínico de qualquer pessoa infectada pelo novo coronavírus. Também não há indícios até o momento que indiquem que a cloroquina possa impedir a transmissão do vírus entre pessoas.

"Dados os sintomas, a equipe médica resolveu aplicar hidroxicloroquina. Tomei ontem, por volta das 17h o primeiro comprimido e também azitromicina. Confesso que, como acordo muito durante a noite, depois da meia-noite consegui sentir alguma melhor. Às 5h da manhã tomei a segunda dose da cloroquina e confesso que estou perfeitamente bem."

A combinação de hidroxicloroquina e azitromicina é contraindicada por autoridades de saúde americanas por causa de sua potencial toxicidade. A recomendação foi elaborada por um painel de especialistas com representantes de pelos menos 13 entidades, como agências governamentais (entre elas a agência que regula remédios, a FDA ,e o Centro de Controle de Doenças, o CDC) e associações médicas americanas.”



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