A Alvarez & Marsal, que anunciou o ex-juiz da Lava Jato como sócio, é administradora da recuperação judicial da Odebrecht, um dos grupos empresariais levados quase à falência pela força-tarefa
Por Plinio Teodoro
Um dos principais responsáveis pela quebradeira de grandes grupos empresariais brasileiros que foram investigados pela Lava Jato, o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Sergio Moro, agora vai ganhar dinheiro com a recuperação das mesmas empreiteiras que jogou à beira da falência.
Moro foi anunciado neste domingo (29) sócio-diretor da consultoria estadunidense Alvarez & Marsal (A&M), que atua no Brasil na recuperação judicial do grupo Odebrecht, um dos principais investigados da Operação Lava Jato.
Responsável pela recuperação do grupo, a A&M atua também na Odebrecht Energia, braço da empreiteira “que concentra os investimentos do Grupo
Odebrecht no setor estratégico de energia, sendo responsável pela exploração direta ou indireta dos negócios de geração e comercialização de energia elétrica em diversas modalidades, incluindo fontes alternativas e renováveis”, segundo informações disponibilizadas em relatório pela própria consultoria.
Moro foi anunciado com pompas pela empresa para atuar na área de Disputas e Investigações no escritório com sede em São Paulo.
“Durante seu mandato, foi juiz presidente em processos criminais complexos, tanto nacionais como internacionais, incluindo a Operação Lava Jato, maior iniciativa de combate à corrupção e lavagem de dinheiro da história do Brasil. A Lava Jato gerou uma onda anticorrupção não só no Brasil, mas em toda a América Latina. Tanto como ministro quanto como juiz federal, Moro colaborou com autoridades de países da América Latina, América do Norte e Europa na investigação de casos criminais internacionais relacionados a suborno, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e crime organizado”, diz a nota divulgada pela empresa.

Postar um comentário
-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;