Um ano após o golpe que o derrubou, ex-presidente atravessa fronteira e é recebido por multidão na cidade de Villazón, na Bolívia. “Voltaremos e seremos milhões”, promete
Evo Morales volta à Bolívia

Acompanhado de uma comitiva de exilados políticos formada por 145 cidadãos bolivianos, incluindo 17 ex-funcionários, a travessia marcou a caravana intitulada “de volta à Pátria”, que teve início já neste domingo (8). Da cidade de San Salvador de Jujuy, na Argentina – o país que o acolheu quando deixou o México, em dezembro –, Evo Morales ainda compartilhou um vídeo narrando sua trajetória do golpe até hoje. Destacando que a Bolívia “sofreu um dos piores momento de sua história, quando, em cumplicidade com a OEA (Organização dos Estados Americanos), diversos grupos de poder realizaram um golpe, ignorando a vontade popular”.
A volta à Bolívia se dá um dia após a posse do novo presidente da Bolívia, Luis Arce, recém eleito. O resultado da eleição, foi sintetizado pelo próprio Evo Morales, em vídeo: “a Bolívia recuperou sua democracia”.
#Ahora #Bolivia
— ALBA TV (@redalbatv) November 9, 2020
Con el pueblo en las calles de Villazón, lleno de alegría para recibir a Evo Morales. pic.twitter.com/dzV6eXqGGb
Caranava histórica
Em seu relato, de pouco de quatro minutos, o líder do Movimento ao Socialismo MAS, o partido de Evo e Arce, agradeceu ao presidente da Argentina, Alberto Fernandez, com quem se encontrou nesta segunda. Antes de Evo cruzar a fronteira, o líder argentino declarou sua “honra de tê-lo entre nós”. “Viva a Argentina, viva a Bolívia, viva a América Latina”, saudou Fernandez em discurso. Evo também agradeceu o apoio do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador e dos ex-presidentes brasileiros, Luiz Inácio Lula da SIlva e Dilma Rousseff.
O ex-presidente deve agora percorrer mais de mil quilômetros até a zona de produção de folhas de coca, em Chimoré, Cochabamba. Foi naquela região onde Evo iniciou sua trajetória política e que o espera com faixas e grafites com a frase “Volte Evo”. O líder do MAS deve chegar à cidade na quarta (11). Todo o percurso será acompanhado por cerca de 800 carros e com paradas para atos políticos em três departamentos bolivianos.


Redação: Clara Assunção
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