Lula | Reprodução

O petista defende que a classe deve proteger a soberania nacional e combater inimigos externos, não procurar inimigos internos


Nathalia Kuhl

Durante encontro com artistas, neste sábado (10/7), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que os militares devem proteger a soberania do país e combater inimigos externos, não procurar inimigos internos.

“Vocês têm que tomar conta da nossa fronteira, dos 17 mil quilômetros de fronteira seca e oito mil quilômetros de fronteira marítima. Não tem que ficar se metendo na política interna”, declarou o petista.

Lula ainda questionou o por que de “nunca” ter visto “o despertar de tanto miliciano”. “Eu fui presidente durante oito anos, eu convivi com os militares, Haddad conviveu com os militares. A gente não sabia que essa gente ia tá falando merda todo dia. Nunca se comportaram assim conosco”.

O pré-candidato à Presidência também citou os depoimentos de militares à CPI da Covid-19: “Um dia desses eu vi um general falar o seguinte: ‘Ah, eu vou na CPI, mas eu vou de farda’, achando que a farda impõe respeito. Não é a farda que impõe respeito, é o seu caráter. É o seu comportamento profissional. Você está no Exército para garantir a soberania do seu país, para proteger o povo brasileiro com relação a inimigos externos e não ficar procurando inimigos internos”.

Lula também fez críticas diretas ao governo atual: “Chamar o Bolsonaro de direita é quase uma ofensa à direita ideológica. Ele tá muito mais próximo do fascismo. Como o país pode conviver com um cidadão como ele?”.

O evento no qual o petista deu as declarações foi realizado em São Paulo. O objetivo era tratar dos desafios da cultura durante e após a pandemia no Brasil. 

metropoles.com


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