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Jair Bolsonaro. Foto: Alan Santos/PR |
"Não é hora de desistir. Não é hora de declarar que este é um vírus bem-vindo”, disse a OMS em resposta à declaração de Bolsonaro sobre a variante ômicron
3-4 minutos
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a minimizar a pandemia de Covid-19 durante entrevista concedida nesta quarta-feira (12) ao portal ultradireitista Gazeta Brasil. Dessa vez, o Bolsonaro celebrou a chegada da variante Ômicron do Sars-Cov-2, o que irritou especialistas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já rebateu a declaração do presidente.
“[A] ômicron, que já espalhou pelo mundo todo, como as próprias pessoas que entendem de verdade dizem: ela tem uma capacidade de difundir muito grande, mas de letalidade muito pequena. Dizem até que seria um vírus vacinal. Deveriam até… Segundo algumas pessoas estudiosas e sérias, não vinculadas a farmacêuticas, a ômicron é bem-vinda e pode sim sinalizar o fim da pandemia”, declarou Bolsonaro.
A declaração foi prontamente rebatida pela OMS, que tem emitido alertas sobre a alta disseminação da variante. “Nenhum vírus que mata pessoas é bem-vindo, especialmente quando há indivíduos sofrendo”, disse o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, durante coletiva de imprensa.
O epidemiologista destacou que há pessoas sendo hospitalizadas e tendo que se submeter à ventilação mecânica. “É uma doença que pode ser prevenida por vacinas. É muito importante lembrarmos que a pandemia ainda está nas nossas mãos. Há muito o que podemos fazer e não é hora de desistir. Não é hora de ceder. Não é hora de declarar que este é um vírus bem-vindo”, disse.
O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde, também criticou a fala de Bolsonaro. “Bolsonaro teve coragem de dizer que a variante Ômicron é bem-vinda ao Brasil, por ser um vírus de menor letalidade. Nenhuma variante é bem-vinda, porque toda nova cepa é um perigo para a Saúde da população. O genocida não dá nenhum valor à vida!”, declarou.
Ômicron já é variante dominante no mundo
A OMS informou nesta quarta-feira (12) que a Ômicron tornou-se a variante do coronavírus dominante no mundo, sendo responsável por 58,5% dos casos de Covid-19 analisados. Em relatório, a entidade destaca que há cada vez mais evidências de que a ômicron é capaz de “escapar à imunidade”, pois há transmissão mesmo entre os vacinados e pessoas que já tiveram a doença.
O documento ressalta que a variante é menos grave do que mutações anteriores do coronavírus Sars-Cov-2.
O surto em diversos países acontece em meio a um apagão de dados no Brasil.
revistaforum.com.br
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