Fernando Brito
TIJOLAÇO
2-3 minutos
A live de Sérgio Moro, na qual procurou dizer que os R$ 3,5 milhões de dólares que ganhou, segundo diz, da Álvarez e Marsal em 11 meses – portanto, R$ 318 mil por mês – nada tinha a ver com o fato de que a empresa administra a recuperação de empresas falidas pela Lava Jato, vai custar caro ao ex-juiz.

Não só porque representa 10 vezes o que ganharia como juiz ou ganhava como ministro, mas porque vai acabar revelando conexões mais que incômodas ao ex-juiz, que ainda é cedo para revelar, porque é preciso verificar e não acusar no padrão “Lava Jato”, sem provas.

Mas já é possível demonstrar ao menos uma delas.

Na ridícula exibição que fez ao lado do “mebelista” Kim Kataguiri, Moro mostra dois cartazetes, para “provar” que a empresa para a qual trabalhava, a Álvarez e Marsal Disputas e Investigações era um empresa diferente da Álvarez e Marsal Administração Judicial, que presta serviço à Odebrecht e a OAS, quebradas por ele na Lava Jato.

Diz ele que “todo o dinheiro” que ia para a Álvarez e Marsal Administração Judicial ia para esta empresa e não para a empresa em que ele trabalhava.

“É verdade este bilete”, porque as duas empresas, com CNPJ diferentes, dividem o mesmo endereço – Rua Surubim, 577, 20° andar, Conjunto 201. E têm, ambas, como diretor-presidente, formalmente, Marcelo Luiz Maia Gomes. Aliás, diretor-presidente de um penca de empresas Álvares e Marsal com CNPJ diferentes.

Sob o mesmo presidente – que aliás nem vive em São Paulo – e com o mesmo endereço, partilhando sócios e recebendo dinheiro não são a mesma empresa?

Há mais e virá à tona.

tijolaco.net

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