Leandro Prazeres, do UOL, divulga cálculos da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional dando conta que as empresas transportadoras, principais estimuladoras da greve dos caminhoneiros, devem R$ 52 bilhões à União, dos quais R$ 46 bilhões são alvo de ações judiciais de execução fiscal e o restante, em torno de R$ 6 bilhões,são parcelamento de débitos e cobranças provisoriamente suspensas pela Justiça.
É dinheiro dos trabalhadores e grana que daria para bancar, por dois anos, um subsídio de 50 centavos por litro de óleo diesel.
Não se trata, claro, de impostos sobre o óleo diesel que move os caminhões, mas, na maioria, de não recolhimentos da Previdência Social e do FGTS dos caminhoneiros.
E isso sendo beneficiárias de uma política de desoneração tributária que reduz estas contribuições e que foi extinta, agora, para outros setores, mas não para as transportadoras.
Que, em muitos casos, além de apropriar-se do dinheiro que deveria se constituir em pecúlio para os empregados, também funcionam como atravessadores que ganham leoninamente por intermediar fretes para os motoristas autônomos.
Estes, sim, penam com uma margem de ganhos tão reduzida, por conta de fretes subvalorizados e combustível e pedágio nas alturas.
A política de reajustes cavalares feita por Pedro Parente na Petrobras é criminosa. Mas ela não é a única que merece este nome.
TIJOLAÇO