A lentidão na campanha de vacinação em todas as regiões expõe o País aos riscos de uma terceira onda de infecção, o que já se prevê como iminente nos próximos meses

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Um dos países mais atrasados no que diz respeito ao ritmo da vacinação e campeão da negligência no aspecto das medidas preventivas e tratamento em relação à pandemia mundial da COVID-19, o Brasil se vê neste momento sob a ameaça e o risco iminente de ingressar em uma terceira onda de contaminação pelo coronavírus. O agente já ceifou a vida de mais de 440 mil brasileiros — isso em números oficiais, sem levar em conta a enorme subnotificação, o que pode fazer com que já tenhamos atingido o patamar de mais de meio milhão de mortos em todo o País.

Os números assustadores da pandemia no País são o resultado de uma conjunção de fatores, que vão desde a mais completa inoperância e incapacidade do sistema público em prestar o atendimento básico e de qualidade à população que necessita dos serviços de saúde do Estado, somado à política genocida do governo federal e dos governadores, que adotaram, conscientemente, a estratégia de “deixar morrer para depois ver o que fazer”.

O fato é que, após quatro meses desde que foi iniciada, a campanha da vacinação em todo o País se encontra emperrada pela falta do imunizante em quase todos os estados, o que vem comprometendo de forma indelével o processo de imunização e a consequente interrupção da transmissão do vírus. Neste momento, alguns países, embora ainda mantenham indicadores preocupantes da doença, já se encontram em estágios de controle da pandemia muito superiores ao Brasil.


Para termos uma ideia da situação calamitosa em que nos encontramos em relação ao estágio da vacinação, da população acima de 60 anos — o grupo etário mais vulnerável à doença —, menos de 40% deste contingente recebeu a segunda dose da vacina, o que os expõe, perigosamente, a ameaças de uma nova infecção, mesmo considerando o fato de já haverem recebido a primeira dose.

Estudos realizados pela Universidade Federal de Alagoas, através do Laboratório de Estatística e Ciência de Dados, indicam que a vacinação dos adultos com mais de 20 anos será concluída apenas no início de 2023, se for mantido o ritmo atual. E tudo indica que deverá ser mesmo assim, pois não há nenhuma perspectiva de que haja qualquer disposição do governo federal (genocida e criminoso) e dos governadores em reverter o quadro trágico e catastrófico em que o País se encontra no que tange à COVID-19 e suas mórbidas consequências.

Há estudos que apontam claramente para uma muito provável terceira onda no Brasil “devido à sazonalidade e à baixa distribuição de vacinas“, afirma o professor Ali Mokdad, um dos estudiosos mais conceituados da pandemia mundial do coronavírus.

Vale ainda ressaltar que a produção nacional de vacinas encontra-se paralisada, em razão da falta do insumo básico fornecido por outros países, em especial a China, contra quem o governo de extrema direita, do presidente fraudulento Jair Bolsonaro, mantém uma franca hostilidade ideológica, acusando o gigante asiático de haver produzido propositalmente o vírus para “disseminar o comunismo” no mundo. Um completo delírio.

Portanto, a única forma eficaz para interromper não somente a transmissão do vírus entre a população, mas também a disseminação do obscurantismo, da estupidez e da negligência é através da luta para colocar fim aos governos reacionários, criminosos e genocidas, compostos não somente pela extrema direita, mas por todos que, sob diversos rótulos, conduzem o País na mesma direção do caos e da tragédia, da hecatombe social. A vacina urgente e necessária contra esse estado de coisas é o Fora Bolsonaro; Fora todos os golpistas e a luta por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo.

causaoperaria.org.br 

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