O ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, pediu demissão neste sábado (26), após as revelações de que desrespeitou as restrições do governo para evitar a propagação do coronavírus. O caso foi revelado pelo diário The Sun, que publicou fotos de Hancock, que é casado, abraçando e beijando uma assessora em seu escritório. Ele já foi substituído.
O caso indignou integrantes do governo e a população britânica, obrigados a respeitar as regras do lockdown em vigor. O ministro da Saúde reconheceu seu erro. "Devemos ser honestos com as pessoas que se sacrificaram tanto nessa pandemia, quando os decepcionamos, como eu fiz ao violar as determinações", escreveu Hancock em sua carta de demissão, entregue ao primeiro-ministro Boris Johnson.
Matt Hancock estava no centro da campanha do governo britânico contra a pandemia de Covid. Com frequência, ele participava de programas no rádio e na TV pedindo que a população respeitasse o distanciamento social para lutar contra a crise sanitária.
As imagens de Hancock beijando a assessora foram publicadas pelo The Sun no mês passado, quando era recomendado aos britânicos evitar qualquer contato íntimo com pessoas que não fizessem parte do círculo familiar.
Demissão em meio a alta de casos
Na sexta-feira (25), Boris Johnson afirmou que aceitava as desculpas do ministro, acreditando que o caso seria encerrado. Mas os pedidos de renúncia não pararam.
A demissão de Hancock obrigou o premiê a encontrar rapidamente um substituto para dirigir o imenso ministério da Saúde. A pasta não só supervisiona o sistema de saúde britânico como está na linha de frente da batalha contra a pandemia que atravessa uma nova alta preocupante de infecções, devido à variante Delta. O ex-ministro das Finanças Sajid Javid foi já foi nomeado para o cargo.
O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, aprovou no Twitter a demissão Hancock, mas criticou a posição de Boris Johnson que “deveria ter demitido o ministro”.
O Reino Unido é um dos países mais atingidos pelo Covid no mundo, como 128.000 mortos. Hancock chefiava o ministério da Saúde há três anos e sua gestão no início da crise foi muito criticada.
(Com AFP)
Postar um comentário
-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;