Após a prisão do ex-diretor do Ministério da Saúde, Roberto Dias, o presidente Jair Bolsonaro sentiu na nuca o bafo quente da CPI da Covid no Senado. Houve uma correria no Palácio do Planalto, emissão de notinhas do Ministério da Defesa, e exoneração do servidor Laurício Monteiro Cruz.

Monteiro Cruz, tal qual o mordomo, foi defenestrado do cargo de diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério. Sua demissão foi assinada pelo ministro da Casa Civil, general Luiz Eduardo Ramos.

De acordo com membros da CPI, a notinha das Forças Armadas visou intimidar senadores que investigam a participação de militares em esquemas de corrupção no governo.

Ato contínuo, antes do início da reunião da comissão de investigação, nesta quinta-feira (8/7), o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), em coletiva à imprensa, nitidamente pediu “Fora Renan”.

Segundo o Zero Um, filho do presidente da República, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, está perseguindo politicamente Jair Bolsonaro.